E assim, defini um percurso, mais ou menos conhecido, mas pouco explorado com tanto pormenor. A primeira estava bem longe, lá para os lados de Quiaios. Foram quase trinta minutos de caminho para nada encontrar... :( A primeira cache veio a revelar-se uma desilusão. Está na praia de Quiaios, junto a um trilho de madeira. Procurei em cima, em baixo, à esquerda e à direita, apalpei, soprei, meti o dedo em todo o lado, mas a caixa não quis aparecer. Foi o primeiro revés do dia.
Depois seguiu-se a das Dunas lá mais para o fundo. A dica dizia que se deveria ler um cima e procurar em baixo. Acabei de fazer tudo em baixo porque a placa estava caída. E tal como um pedaço de tijolo de lado não engana, a marota apareceu mesmo antes de a procurar. Foi a primeira caixa de rolo fotográfico do dia!!! :) Como recompensa por a ter encontrado nada com um Magnum Cone comprado ali perto e um desfrutar da aragem marinha que ali ao lado se fazia sentir com imensidão.
Gelado comido, eis o momento de por caminhos estreitos e cheios de simbolismo, abarcar em direcção à serra, a Serra da Boa Viagem. Ai tinha mais uma num local já bastante conhecido - o miradouro da Bandeira. Um local alto e com grande visibilidade sobre o mar, o pinhal e as lagoas lá em baixo. Um daqueles locais que merece ser visto e revisto, mas não só pelo papa e pelo bispo. :) A cache estava do lado direito, mesmo junto do precipício, mas bem disfarçada de calhau. Foi das mais engraçadas que já descobri. Corre é o risco de ser atirada monte abaixo por quem queira imitar uma avalanche.
A paragem seguinte, foi um local onde antigamente costumava ver um rali denominado por "Volta a Portugal" . Um local bonito, no ponto mais elevado da serra com vistas magnificas sobre o mar e a cidade da Figueira da Foz. Ali, mesmo junto à estrada está um monumento às floresta. A dica foi vital, estava mesmo lá. Nem foi preciso recorrer ao gps, embora me tenha picado todo para a retirar e recolocar lá.
Logo de seguida foi a do abrigo de montanha, agora um restaurante mais ou menos fechado. :) Esta estava no jardim e foi pisada sem querer, pelo que foi fácil de aparecer, mas complicada de esconder. As pedras não encaixavam direito, como que a dar razão àquela velha máxima que diz que sobram sempre peças no final.
Depois de descida a serra, a primeira cá de baixo foi feita em Buarcos, quase junto ao mar. Uma velha chaminé recuperada era a razão de ter sido colocada naquele lugar. Esta, embora simples e facilmente localizada, dentro de uma árvore magnetizada, foi complexa de retirar e logar. Havia uma mulher que não largava a varanda e tirava o olhar. Estava curiosa com um gajo que andava por ali de um lado para o outro a espreitar por trás das ramagens. Tive de desistir e voltar para o carro para ela desarmar e aí... voltei para trás e foi só assinar.
Mais uns quilómetros de carro e eis que surge a Fortaleza de Buarcos. Esta aparentemente era fácil, bastava sentar à direita e por baixo apalpar. Pode-se dizer que tudo por ali foi apalpado, pena que a cache não tenha sido encontrada...
E para finalizar a tarde de cacheadas, só faltavam as do extenso areal da Figueira da Foz. Depois de uma longa e fria caminhada pelo avenida de madeira que corre paralela equidistante da praia e da marginal, lá apareceu outra meia enterrada. E quando o gps já dava sinal de não querer trabalhar mais, eis que me chego ao local da última do dia, mas uma avó e neta estrategicamente colocadas naquele banco de oásis, tristemente me obrigaram a deixá-la para trás sem a assinar.
Depois, foi só regressar para jantar e assim se passou mais uma bela tarde de Primavera.