sábado, 22 de maio de 2010

Descontração

Hoje ao contrário do planeado, resolvi passar a tarde sentado no puff na varanda a olhar para Alcochete e para o rio. Foi um semana mesmo esgotante e só queria passar o dia a descansar.

Foi tão bom acordar a meio da manhã naturalmente sem o som habitual do despertador. Adormeci propositadamente de estores abertos para poder despertar com o nascer do sol sobre o rio. Foram os primeiros raios da manhã que me acordaram. Soube mesmo bem!!!

Depois de uma manhã a experimentar sapatos e a pensar, estes ténis Nike são mesmo o que eu queria. Tipo All Stars, mas todos pretos. Um mimo para usar com fato nos meses mais quentes. Pena não os ter trazido, mas ia contra os meus princípios. Nem que nadasse em dinheiro, nada justifica os 99 euros que pediam por eles. Há coisas que por muito jeito que me dessem, se o preço é um absurdo, mesmo que tenha o valor para dar, não o dou. Sou assim e ainda bem que o sou.

Mas da parte da tarde, depois de olhar para a TimeOut, pensei - "Este artigo não está completo!" E não está, faltam lá duas esplanadas do melhor e mais barato que há. Ficam nos arredores de Lisboa e com um pouco de jeito e o sentido de visão apurado, por entre duas varões, ainda se consegue ver a Vasco da Gama. Uma com perto de 16 metros quadrados e outra com cerca de 9. Com varandas assim, para quê ir gastar gasóleo e tempo indo para outro lado.

 E assim, transferi o puff para a varanda poente (mais fresca há tarde), passei pela cozinha apliquei-me na caipirinha e fui ler um livro para o fresco com vista para o rio. A isto chamo qualidade de vida. Muito bom. E agora que está quase a começar a bola, vou à garagem buscar o chapéu de sol para o montar no centro da mesa da outra varanda (virada a sul) e jantar ao fresco numa esplanada reservada. Por isso, inté!!!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Metereologia de fim de semana

Estive agora a ver a previsão meteorológica para o fim de semana e parece que o gajo que regula aquilo depois do meu telefonema a pedir o livro de reclamações, fez algumas alterações e aparentemente vamos ter sol. Pelo menos para sábado estão previsto 32º para Lisboa.

 Isto faz-me lembrar que tenho ali num molho de TimeOut, uma edição dedicada às 50 melhores esplanadas de Lisboa. Acho que vou começar a experimenta-las. Sobretudo aquelas com vista para o rio, apetece-me descontrair das altitudes da semana. Por acaso, há uma que ainda não tive o prazer de experimentar. Fica do outro lado do rio, na zona do Cais do Ginjal. É um restaurante que em frente tem um pequeno e estreito pontão, onde encaixa somente uma mesa e duas cadeiras. Parece-me um local bastante romântico para uma ocasião especial. Afinal estamos rodeados de água por todos os lados, menos um (isto na escola era um istmo), com a ponte ali ao lado e toda a capital em frente da nossa linha de horizonte virtual. Soa-me a um momento bem passado. Mas deixando-me de romantismos, se não fico aqui o resto da noite e esgoto o espaço livre na Internet.

 Mas antes da esplanada, parece-me interessante ir comprar uns sapatos novos, pois estou a precisar. Ouvi dizer que existem umas lojas aqui perto com preços muito em conta. Ir explorar o mercado biológico do Príncipe Real e beber um refresco tradicional nos reabilitados quiosques dos jardins de Lisboa parecem-me outras actividades interessantes para este fim-de-semana. Vai ser um fim de semana de descontracção e libertação.

 Ir até à praia? Na!!! Estou mesmo a ver as filas, as enchentes, os berros, o calor. Não, este fim-de-semana apetece-me curtir com tranquilidade e ao fresco.

 Domingo tenho de ir às Azenhas. Vou cedo. Passo no Starbucks e peço um chocolate quente. Complemento com um queque de Mirtilo. Depois, nas calmas de uma manhã de Domingo, vou até à praia das Maçãs. Faço um pequena caminhada até às Azenhas, sento-me num banco de jardim, ouvindo o barulho da cascata e a ler um bom livro. Um dos muitos que comprei na Feira do Livro. O que não me faltam são livros para ler. Acompanho, com algo fresco do café perto.

 E para terminar, aguardo pelas pessoas que foram fazer o passeio pedestre e cumpro o prometido - "Não próxima edição, explico-vos a história destes três monumentos". Mesmo já não fazendo parte do grupo, uma promessa para mim vale mais que muitas acções ou palavras.

Flash Forward

Esta aqui a ver a repetição do Flash Foward e também me apeteceu adivinhar o futuro. Mas de uma forma mais modesta, o dia de amanhã. Já estou mesmo a ver...

Sexta-feira, vai custar imenso a acordar...Acontece sempre há sexta. É o cansaço acumulado da semana. Depois de quatro dias a acordar cedo, custa acordar ao quinto. Ainda dizem que as segundas é que são complicadas...


Depois vem a viagem até ao emprego. Já não fazem sextas como antigamente. D'Antes o pessoal adora levar o carro para trabalho à sexta. Depois podia mais facilmente ir laurear a pevide para qualquer lado até às tantas. Actualmente já não o devem fazer, porque neste dia o metro anda sempre à pinha. Conduzam... Sabe tão bem conduzir.

Cerca das dez, é hora de assentar arraiais. Desbloquear o ecrã e tirar um pacote de leite com chocolate da gaveta, enquanto os olhos passam pelas gordas do Outlook. Coloca-se a conversa em dia com o suporte, que ultimamente tem andado muito calmo para estes lados. Deve ser bom o gajo que toma conta daquela coisa. Mas amanhã já estou mesmo a ver, vai ser um diálogo de conversa desesperada de um lado e um calmo, tem calma, uma coisa de cada vez... pfiuuu!!!

 E ao final do dia, quando já estiver esgotado, vou-me vingar. Pego nas pernas e vou até Belém, como uma enorme taça de gelado com vista para a foz, enquanto partilho mais umas páginas das intrigantes aventuras de viagens daqueles para quem o ser backpacker é mais importante que qualquer fato ou gravata. Bem hajam!!!

Finalmente, é quase fim de semana!!!!

Bike City

Apetecia-me estar neste momento a preparar as coisas para mais uma jornada de bicicleta amanhã de manhã e ao final do dia. Mas infelizmente não pode ser.
Agora que os dias estão maiores e a chuva tem andado ausente, apetece-me voltar a ir de bicicleta para o emprego. Os acessos não são nada de especial comparados com os da maioria das cidade europeias civilizadas, mas é sempre engraçado chegar ao centro de Lisboa de bicla. É engraçado ter de andar na faixa do bus na maioria das zonas, mas sentir-se mais respeitado pelos condutores da Carris que uma viatura particular que invada aquela zona.
 Lisboa, tarda em estar realmente preparada para o uso da bicicleta, embora mesmo assim ache que o que nunca irá estar preparada é a mente do condutor português, a transbordar de falta de civismo. É isso que mais me preocupa quando ando nas faixas de rodagem da cidade. Daí dar sempre preferência às faixas de bus, nas zonas ausentes de ciclovia.
  Embora estas vias vermelhas própria para bicicletas às vezes também sejam um poço de preocupações. Ainda há uns tempos em Belém fui obrigado a atropelar um peão. Irrita-me que as pessoas se queixem que as bicicletas invadam os passeios e depois adorem andar sobre as ciclovias. Eu bem sei que são vermelhas, mas o vermelho não é aquela cor que normalmente só atraí touros, vacas e alguns elementos de uma claque lá de cima? Bem, me parecia que sim.
  Mas voltando ao atropelo. Um peão, colocou-se na via uns metros à minha frente, olhou-me de esguelha como que a mostrar indiferença por ver um ciclista. Baixei a cabeça e fingi que não o vi, no ultimo momento, desviei e pumba... Bati-lhe de esguelha com o punho da bicla no braço e, temos pena... um cone de duas bolas no chão!!! Foi porreiro... sobretudo ver algo inchado e vermelho a correr atrás.

 E voltando ao que me fez escrever... Bolas, não posso ir de bicla porque ando com umas dores de costas que me tiram do sério. Pera, já alguém me viu sério? Hum!!! Não interessa. O que interessa é que dói que se farta. Embora hoje ligeiramente menos que ontem, pois tirei um peso das costas!!! Aquela porra (Partido Onde Renasce a Revolta dos Alentejanos) já está em Produção. Hum!!! Isso pode implicar um dia pesado amanhã... Que se lixe, quando se gosta, não há nada que nos tire o sorriso da cara.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Natureza vs Cimento

E ontem, voltei a ir a um centro comercial. Estive a analisar quanto tempo conseguia estar sem ter a necessidade de ir a um centro comercial, maior que o do Chiado. E consegui passar 26 dias sem colocar os pés dentro de um. E só não bati o recorde pessoal de 77 dias, porque precisei de um produto de uma loja que apenas existe no Dolce Vita Tejo.

Mas a questão central é que não sou claramente adepto do comercio tradicional. Apenas tenho uma enorme preferência por locais abertos e com muita natureza selvagem por perto. Gosto de ser "alérgico" ao ar condicionado. Nada como aproveitar o que de bom a natureza nos pode oferecer... Estilo nórdico, que ao primeiro raio de sol, parecem lagartixas a sair da toca. Em Portugal, pelo contrário, não se dá uso há fartura. Basta olhar para as filas no último sábado de manhã para entrar no Almada Fórum. Preferi e soube muito bem aquela caminhada no Risco. Foram sete horas de adrenalina constante.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Última Hora

Foi divulgada há poucos momentos uma foto da visita do Papa ao Porto. Agora se percebe porque o Rio ordenou ao Bimbo da Costa que tirasse a faixa da torre das antas.

 Segundo parece naquela terra não há lugar para dois papas, sobretudo se um deles se apresentar de vermelho...

A verdade das coisas

Segundo o Dr. Paulo Ubirtan, de Porto Alegre, Brasil...

Pergunta: Exercícios cardiovasculares prolongam a vida, é verdade?

Resposta: O seu coração foi feito para bater por uma quantidade de vezes e só... não desperdice essas batidas em exercícios. Tudo gasta-se eventualmente. Acelerar seu coração não vai fazer você viver mais: isso é como dizer que você pode prolongar a vida do seu carro dirigindo mais depressa. Quer viver mais? Tire uma soneca !!!

P: Devo cortar a carne vermelha e comer mais frutas e vegetais?

R: Você precisa entender a logística da eficiência... .O que a vaca come? Feno e milho. O que é isso? Vegetal. Então um bife nada mais é do que um mecanismo eficiente de colocar vegetais no seu sistema. Precisa de grãos? Coma frango.

P: Devo reduzir o consumo de álcool?

R: De jeito nenhum. Vinho é feito de fruta. Brandy é um vinho destilado, o que significa que, eles tiram a água da fruta de modo que você tire maior proveito dela. Cerveja também é feita de grãos. Pode entornar!

P: Quais são as vantagens de um programa regular de exercícios?

R: Minha filosofia é: Se não tem dor...tá bom!

P: Os fritos são prejudiciais?

R: VOCÊ NÃO ESTÁ ME ESCUTANDO!!! ... Hoje em dia a comida é frita em óleo vegetal. Na verdade ficam impregnadas de óleo vegetal. Como pode mais vegetal ser prejudicial?

P: Flexões ajudam a reduzir a gordura?

R: Absolutamente não! Exercitar um músculo faz apenas com que ele aumente de tamanho.

P: Chocolate faz mal?

R: Tá maluco? !!!! Cacau!!!! Outro vegetal!! É uma comida boa para se ficar feliz !!!
 

E, lembre-se:
 

A vida não deve ser uma viagem para o túmulo, com a intenção de chegar lá são e salvo, com um corpo atraente e bem preservado. Melhor enfiar o pé na jaca - Cerveja em uma mão,  tira-gosto na outra, .... e um corpo completamente gasto, totalmente usado, gritando: VALEU !!! QUE VIAGEM!!!

P S.:    SE CAMINHAR FOSSE SAUDÁVEL O CARTEIRO SERIA IMORTAL...!

Ahhh... que soneira!!!

Bem... E, por agora chega. Terminou a minha bebida que me acompanhou nesta maratona de escrita, daí ser melhor ir dormir que logo tenho de acordar cedo.

Discípulo de Jesus

No dia seguinte, mais concretamente a 11 de Maio, foi a vez de um discípulo de Jesus encher as ruas de Lisboa. Pouco passava das 19h, quando apanhei o metro rumo ao Terreiro do Paço, para mais uma enchente. Mas desta vez, ao contrário dos dias anteriores, não fui para festejar... apenas para fotografar.

 Mas ainda assim, pode assistir a um "Benfica!!! Benfica!!!" no meio de uma multidão que gritava "Viva o Papa".

Foi engraçado ver o Papa, mas não foi nada de especial, comparado com os autênticos arraiais populares que aconteceram nos dias que antecederam a sua visita. Atreve-mo a dizer que o Papa foi ofuscado por Jesus.

Show must go on...

No passado dia 10, levei a máquina fotográfica com a teleobjectiva para o trabalho. Queria tirar uma foto às claras à bandeira encarnada que no dia anterior o escalador tinha colocado no cimo da estátua do Marquês. Mas como não me apeteceu carregar com o saco normal, resolvi levar a mochila. Mas para preservar tão importante material, precisei de colocar um pano no fundo para amortecer as quedas. Não tendo um à mão, coloquei o cachecol do Benfica...

 E em boa hora o fiz... Assim, tive a oportunidade de após o trabalho participar em mais um banho de multidão. Saí e após 20 minutos lá estava eu a cantar... "Campeões, Campeões... Nós Somos Campeões!!!" em frente da Câmara Municipal.

Vermelho

E, finalmente cinco anos depois o Marquês, voltou a encher. Foi lindo, magnifico, uma festa de fazer inveja aos santos populares. Somos mesmo grandes.

Findo o jogo, a entrega da taça e quando ainda se festejava à roda do estádio, hora de pirar um direcção ao metro. A invasão preparava-se a qualquer momento, por isso em jeito de passo acelerado lá fui em direcção ao tube. Algumas centenas de pessoas acotovelavam-se para entrar em carruagem que já vinha quase à pinha desde a estação anterior.

 Foi uma viagem como há muito não se via. Por muitos momentos pensei que a viagem seria interrompida a qualquer momento, com uma composição avariada. O metro andava em direcção à cidade, mas toda a sua estrutura abanava para cima e para baixo. Lá dentro era a euforia, todos saltavam como podiam, davam-se vivas ao campeão. Era uma alegria. E sempre que o som abrandava, todo o vagão se enchia de gargalhadas. Um tipo, negro, foi até ao Marquês a cantar - "Oh PdC, vai pró car...". Era um senhor, um poeta... E, todos se riam à gargalhada.

 Passamos pela ex-estação de Sete Rios, dezenas de pessoas, talvez apeadas de um comboio que há pouco tempo por cima teria cruzado, algumas com malas de viagem, rostos estrangeiros, deixavam cair o queixo e arrebitavam os olhos. Estavam incrédulas. Aquele era um demasiado cheio comboio de alegria e bem estar, mas muito barulhento. Algumas centenas saíram, mas apenas dezenas entraram. E lá seguiu seu ruidoso caminho até ao Marquês acalmar.

 No Marquês já milhares festejavam. A estátua há muito tinha sido tomada de assalto. Um misto de vermelho contrastava com o branco e azul claro com que Lisboa preparava a recepção ao Papa. Vozes alto se faziam ouvir, com expressões de vitória todos contagiavam. Era um espontâneo e vibrante sentimento de felicidade que invadia aquele lugar, paredes meias com a residência pessoal do Primeiro Ministro, onde este embalado pelos festejos, um forma de mais uma vez nos tramar, procurava.

 O Marquês, Lisboa, Porto... o país e não só estavam pintados de vermelho. Clarões e fogo de artificio vermelhos invadiam a noite escura de Maio, onde o povo vibrava. Perto da meia-noite, o momento alto, a passagem dos campeões. Milhares, cem mil, segundo números oficiais, acenavam e vibravam. Afinal, voltamos a ser Campeões. Uns dignos campeões.

 Até perto das duas da manhã, hora em que rumei novamente ao estádio para ver se algo se passava e depois a casa, pois no dia seguinte tinha de estar cedo novamente no Marquês, foi um festival de boa vontade. Uma subida tão perigosa, como festejada, de um maluco, teve como momentos de glória a chegada ao cimo da estátua, a colocação da bandeira do glorioso no alto e a descida em rappel. Um grupo de vermelho que descia a Av. da Liberdade e cada vez que se cruzava com alguém, cercavam-no, agarravam-no e atiravam ao ar durante uns momentos... depois lá seguiam para mais abaixo voltar a festejar.

 Foi algo de grandioso que andou pelo ar... e, que aterrou aqui. Nada melhor para comemorar a mensagem 100.

Chouriços

A isto, chamo-lhe encher chouriço. Porquê, na mensagem seguinte está a justificação...

Mas para festejar, nada como um letra divinal...

Queen - We Are the Champions

I've paid my dues -
Time after time -
I've done my sentence
But committed no crime -
And bad mistakes
I've made a few
I've had my share of sand kicked in my face -
But I've come through


We are the champions - my friends
And we'll keep on fighting - till the end -
We are the champions -
We are the champions
No time for losers
'Cause we are the champions - of the world -


I've taken my bows
And my curtain calls -
You brought me fame and fortuen and everything that goes with it
-
I thank you all -


But it's been no bed of roses
No pleasure cruise -
I consider it a challenge before the whole human race -
And I ain't gonna lose -


We are the champions - my friends
And we'll keep on fighting - till the end -
We are the champions -
We are the champions
No time for losers
'Cause we are the champions - of the world -

Palco dos Sonhos

Chegado a Lisboa, depois de perto de hora e meia de auto-estrada, apenas tempo para passar por casa, para deixar umas coisas e partir em direcção à luz dos sonhos benfiquistas. Pelo caminho, fazendo futurologia, decido deixar o carro perto do Marquês e ir de metro para o estádio. Pareceu-me e foi a melhor opção.

A duas horas do encontro, decidi ir ver montras para um Colombo pintado de vermelho. Após alguns passeios pelos diferentes piso e com alguma fome na algibeira, passo por uma geladaria e compro um belo copo com dois deliciosos sabores. E, rumo ao estádio, onde um "simpático" segurança recusou-me a entrada porque estava a comer algo potencialmente perigoso. Segundo parece, podia ter algo escondido na bola de gelado. Um bola de golfe, pensei!!!! Mas perante a insistência de deitar fora para os contentores que o rodeavam e que davam um banquete de luxo em muitos países sub-desenvolvidos, informei-o que iria comer até ao fim e apenas depois entrar. E ali fiquei a saborear aquele aroma de sensações.

 Ultrapassado o simpático segurança e já com duas bolas de golfe no estômago, rumo ao já venho amigo décimo terceiro lugar de uma fila na bancada central. Depois foram 110 minutos (intervalo e descontos incluídos) de fortes sensações, com três golos fervorosamente festejados. Claro que um deles aconteceu no meio do Atlântico, na pérola madeirense.

 Sendo que desse momento até ao final, cantou-se e dançou-se ao som do brilhante - "Mostra a tua raça, teu querer e ambição... Nós só queremos o Benfica campeão... ohhh Sport Lisboa e o Benfica o campeão".

H(Á1) Encarnado

Fez este Domingo uma semana que o meu dia começou tarde, mas também será para mais tarde recordar. Dentro de 365 dias, espero ter outro semelhante.

 Acordei tarde, porque me tinha também deitado tarde... ou cedo, afinal já era cerca de quatro horas da madrugada. Depois de uns 20 km por estradas muito secundárias para evitar um encontro com as autoridades...

 Foi cerca das 12h que acordei. Tomei banho e logo tratei de me colocar dentro dela. Foi um sensação única, tal a importância daquele momento. Saltitei de um local para o outro com grande excitação. Era um momento porque sonhava já a algumas semanas. De um momento para o outro fiquei todo vermelho vivo. Já tinha saudades de vestir a camisola oficial do Benfica. Acho que vai estar um bom tempo sem ser lavada. Afinal, somos praticamente inseparáveis.

 Camisola, vestida. Uma ida ao supermercado atestar. Horas de rumar a Lisboa. Pela auto-estrada, onde só passo quando preciso circular a mais de 140km/h, dezenas de outras viaturas preenchidas de vermelho seguiam na mesma direcção. A caminho da terra de total as ilusões. Nesse mesmo caminho fui abordado por um grupo que circulava num Mercedes que acho ter preferido ficar na garagem a curtir a velhice. Cheios de cachecóis encarnados, viram a minha camisola a brilhar, ao meu lado puseram-se a cantarolar - Benfica!!!! Sorri, buzinei e continuei. Não gosto de muitas festas a mais de 140.

 Alguns quilómetros depois, talvez um centena, uma carro parado na berma. Um triângulo também encarnado e um colete florescente a ofuscar uma roupa vermelho. Era um Mercedes azulado, de pantufas calçadas, parecia ter deixado o guisado esquentar. Lá dentro, um vermelho de apreensão... Afinal Lisboa que estava tão perto, começava a distanciar-se.

 E por aí abaixo, o vermelho foi aumentando de coloração... Agora até nas bermas e numa faixa de rodagem, já cachecóis redopiavam ao som do vento e dos rodados. Quase todo um país estava a caminho da capital. Foi uma pequena festa, dentro de um festival, mas algo bonito de participar.

domingo, 16 de maio de 2010

Vivó Alcool 2010

Faz hoje uma semana e um dia, em que a queima não foi sinal de desilusão. Já há alguns anos para cá que o jantar da queima calhava no mesmo dia que jogavam os campeões. Desde então, sempre que esse jogo coincidia com jantar de queima que os velhos ficavam escaldados. Tentamos mudar de restaurante, mas o resultado eram sempre o mesmo, um desilusão.

 Mas este ano, tínhamos uma garantia, acontecesse o que acontecesse, naquela noite de Maio, a única coisa que podia correr mal era perdermos a conta aos copos e apanharmos uma bela carraspana. Sábado, inicio da noite todos os trilhos vão dar ao Paço do Conde ou qualquer coisa do género. Apenas me recordo que o Paço é garantido. Baixa de Coimbra, com suas ruas mais impenetráveis que muitos labirintos imaginários, numa pequena praça, uma tasca 100% conimbricense. Cá fora, molhos e molhos de capas negras, sarapintadas de jogos de cores claras, daqueles a quem o negro já se recorda com saudade, esperam pacientemente por um lugar apertado e desleixado em mesas de tampo corrido e cadeiras de esplanada.

Lá dentro o carrascão impera entre aqueles a quem o estômago e os rins ainda estão imunes a tal abusos. Nós, mais comedidos, com mais que miseras mesadas, apreciamos um pouco mais da qualidade, apostando em marcas mais conceituadas, regadas no final por um bom licor de Portugal.

 Findo o jantar, quando todos rumam ao parque para mais enfrascar, no rumamos à Sé, para no moelas recordar. Muitos escurinhos, mas apenas dentro do copo, depois... são as docas a nova etapa. Daí, onde o Rock impera, mais perto do rio, se pode ouvir com clareza a voz daqueles que do outro lado encantam, vozes brasileiras, como a da Daniela que este ano encheu todo um parque de momentos românticos. Na margem norte, o melhor podemos apreciar, sobretudo sem sermos literalmente roubados pelos preços proibitivos de quem mais pensa com a cabeça que com o garrafão.

Feira do Livro

Há coisas sobre as quais normalmente se escreve no inicio, mas desta vez preferi fazê-lo no fim. Hoje termina mais uma edição da Feira do Livro de Lisboa. Lá se vai o entretém da hora de almoço.

 Este ano, resolvi tirar uma tarde inteira para visitar a feira. E, fi-lo numa tarde quente de Primavera. Apesar do sobe e desce constante, foi uma forma de justificar um geladão de bolo de chocolate revista de chocolate crocante. Sim, uma barraca vendia além dos novos queques da moda, bolos de chocolate em forma de Magnum, com palito e tudo. Não fiquei fã, mas deu para enganar a fome.

 Relativamente à feira foi mais uma igual a tantas outras, com um visual que já cansa. Todas as barracas iguais, mais do mesmo. Onde os livros em exposição, aqueles mais acessíveis às mãos, são apenas aqueles que os vendedores pretendem para nos aguçar o apetite. Pessoalmente, não gosto deste conceito. Chateia-me sempre que quero dar uma olhadela num ou mais livros ter de estar a pedir ao vendedor e ter de sentir-me obrigado a observar aquele olhar de frete que pensa - fds, vais levar algum ou apenas dar trabalho a arrumar.

 Seria a meu ver muito mais interessante que cada editora pudesse ter o seu próprio pavilhão, idealizado conforme o seu estilo. Por exemplo, gosto imenso do conceito da Leya. Em que os pavilhões são todos abertos, onde podemos facilmente entrar e consultar os livros que queremos sem termos de solicitar o quer que seja, onde quase leio livros da diagonal sem estar constantemente a ser interrompido por um vai levar? Mas onde tenho a garantia de que se precisar de ajuda, tenho logo ali um funcionário pronto a ajudar. Outro conceito interessante, é o de poder escolher livros em diferentes pavilhões e apenas ter de pagar no final, junto a uma banca central repleta de caixas. Talvez, seja por isso que tanto gosto de comprar livros na Fnac.

 Resumindo, este ano comprei 9 livros na Feira do Livro, não 10 porque um deles descobri que ficava mais barato na Fnac. Mas como dizia, comprei 9 livros, em que 7 dos quais foram comprados na Leya... Vá-se lá saber porquê?

Deve ser do calor...

Nos últimos tempos tem estado em Portugal um tempo algo anormal para a época... deve ser por isso que me tenho esquecido que tenho um blog. Realmente já estava a estranhar o meu moleskine estar a ficar sem espaço para anotações.