sábado, 9 de janeiro de 2010

Kamasutra

No outro dia li na Internet que o livro Kamasutra esteve em destaque em 2009 por dois motivos, ainda que negativos para as mentes mais conservadoras.

Por um lado foi o livro mais pirateado na Internet. Isto implica duas leituras distintas. Positivamente chegamos à conclusão que afinal ainda se lêem clássicos. Negativamente descobrimos uma das causas para a diminuição da taxa de natalidade, parece que os jovens de hoje sente a necessidade de serem mais cultos.

Foi dos livros mais traduzidos do ano e dos que tiveram mais erros de tradução. Mas alguém acredita que se consegue ter concentração a traduzir um livro daqueles?

"Conceitos"

Hoje num pequeno canto do jornal Metro, davam a conhecer a quase todo o Portugal, o que disse ontem César Peixoto. Do que foi escrito, o que me chamou à atenção foi... "Este jogo exige garra, espírito de sacrifício e união de grupo".

Como benfiquista, sinceramente espero que o David Luiz tenha ouvido estas palavras, porque sim vai ser preciso que amanhã tenha isto tudo em duplicado. O jogo é difícil e é difícil confiar num parceiro que dá a receita mas não a sabe aplicar.

Brrrr... Tá frio!!!

Bolas, Lisboa mesmo na cauda da Europa.

Quando toda a Europa está a tremer, paralisada com frio e neve, nós cá de baixo só temos direito ao frio. Não é justo. Já não bastava estarmos atrás da média europeia em tudo.

Sim, quem ler isto pode dizer que o norte (não) anda carregado de neve. Mas afinal, Portugal não é uma região. É a soma delas todas. E eu acho muito mal que o norte que se queixa de tudo e mais alguma coisa, tenha mandado a poluição dos aviões cá para baixo e tenha ficado com a neve toda para eles. Não querem trocar?

Falta de Respeito

Ontem li num jornal que as autoridades eslovacas colocaram explosivos em bagagem de cidadãos inocentes que viajavam para Dublin, sem o consentimento destes de forma a testarem a segurança dos aeroportos.

Olhando para isto, à primeira vista esbocei um pequeno sorriso. Mas ainda franzia o lábio e já mudava de opinião.

Gostava de saber se essas mesmas autoridades se iriam responsabilizar por alguma coisa correr mal com a experiência. Supondo que as cargas explosivas eram detectadas no aeroporto. Correria o seu portador o risco de vida? Penso que uma pessoa sem saber o que transporta reage de maneira diferente a quem tem sentimentos de culpa. E se essa reacção resultasse na morte do passageiro? Quem o iria trazer de volta à vida? Ele afinal não tinha qualquer culpa.

E se as malas tem sido expostas a uma fonte de calor? E se, se tem extraviado e ainda andassem por aí perdidas. Seria interessante saber qual a reacção das autoridades eslovacas a uma possível catástrofe.

Hoje li que a Irlanda e o seu cidadão que foi detido por horas à chegada a casa vão processar as autoridades eslovacas. Têm o meu apoio moral, afinal nem a segurança se deve sobrepor aos direitos do ser humano.

Abriu a caça ao buraco

Agora que aparentemente parou de cair aquela chuva que molhou as entranças do asfalto, com o passar dos dias e dos carros, as estradas portuguesas voltaram a parecer picadas africanas. Sem ofensa para estas.

Já nem admira. É uma situação normal. Basta cair um pouco de água que mais de meio Portugal se degrada um pouco mais apressadamente. Agora todos os dias, coloco em prática a rapidez de reflexos para evitar deixar esquecidas partes de carro pelo caminho.

Mas o que leva a falar disto, que já nem deveria ser noticia é o facto da freguesia aqui ao lado que tenho de todos os dias atravessar se quero ter alguma qualidade de vida no trânsito passar os dias a deitar terra dentro dos mesmos. Não é que resolva, porque basta passarem alguns carros ou umas gotas de chuva para ela se ausentar para parte incerta. É mesmo porque os tenho lá visto todos os dias. Haja paciência. Das duas uma. Ou os funcionários não tem nada que fazer e assim arranjam um modo de estar ocupados não estando nas instalações públicas geladas ou descobriram uma inovação no sentido de poupar uns trocos à autarquia, dado que não ganham mais por isso e a terra ainda é gratuita.

Mas ainda assim, é uma atitude de louvar.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Portugal quase Degradado

Parque das Nações

Eram cerca de três da manhã, quando se decidiu antes de regressar a casa, passar pela zona de bares do Parque das Nações. Em má hora se tomou tal decisão. Porque parou de chover a meio caminho? Bolas.

Nestes dias já se sabe que há excessos que não deveriam ocorrer, mas como em Portugal a lei é demasiado branda, toca a admitir aquilo que pouco a pouco se torna em algo mais sério e grave. Um verdadeiro problema de ordem pública.

A primeira imagem do que é uma noite de bebedeira para uma cada vez maior franja da população estava retratada no chão da rua que acompanha os bares até ao Atlântico. Um tipo forte, exaltado e em tronco nu entalado entre o asfalto e três policias lutava contra o inevitável. Perto a policia estabeleceu um perimetro de segurança, onde todos levam, mesmo que só estejam de passagem e por bem. Mais ao fundo um A3 é passado a pente fino.

Passado o primeiro impacto, vem o segundo. Milhares de vidros espalhados pelo chão do parque. Não basta já prejudicarem com lixo fora do contentor, ainda foi preciso parti-lo. Não se chama descuido, mas sim selvajaria.
Depois seguindo ao ritmo da musica que varia de bar em bar, vai-se seguindo para norte em direcção à outra ponta de loucura. Um tipo mentalmente de rastos discute com outros que estão no terraço de uma disco. A discussão azeda e vai de enviar uma garrafa de champanhe em direcção ao varandim. Sonoramente bate de raspão na barra protectora e perde-se no meio da multidão. Se bateu em alguém não sei, mas podia tirar muito mais grandioso que pequenas lascas de nada.

Passado o obstáculo mirabolante, eis que se sente atrás o som da perseguição. Dezenas de rapazes mal humorados e com razão de cacetete em rixe decidem distribuir mais umas marteladas como do São João se tratasse. Tempo? Sim, mas apenas de fugir para dentro de um bar e deixar passar tão bela procissão.

Com todo este espalhafato, nada como sorrateiramente escapulir dali para fora e ir curtir uma saborosa bebida roxa com borbulhas para o conforto do lar.

Sambando devagarinho

Casino de Lisboa

Passava pouco das 00:01 de dia 01 de 01 de 2010. Sim, bem sei que parece linguagem informática, mas são apenas aparências.

Casa cheia, metade aposta o que tem e o que não tem, metade vê as vistas, deixa escorregar a cerveja e ouve calmamente o sol que desliza vento provocado pelo fumo do tabaco.

Embora o ambiente estivesse agradável, senti que estava um pouco além. Não sei se o casino tentava acalmar o stress que 2009 provocou em muitos corações, mas realmente o momento não pedia a calmaria de Deolinda, mas algo muito mais animado. Algo muito mais vibrante para uma passagem de ano. Será que com um pouco de vontade não tinha vindo um qualquer grupo dos anos 60 a 80? Teria sido com certeza muito mais animado.

Momentos Filosóficos

Destino é uma desculpa tola para o fracasso.

Não havia necessidade

Qual a melhor parte da passagem de ano? Não, não é Vodka Preta com 7Up. Nem lhe toquei, juro.

A melhor parte da passagem de ano quando não se tem nada combinado é mesmo o fogo de artificio. Sempre se fica com um "Ahhhhh" de um canto ao outro da cara. E, ao mesmo tempo que se coloca um braço estendido com o telemóvel a filmar e a outra mão fica sobre a carteira. É preciso evitar um segundo "Ahhhhhhhhhhhhh" provocado por aqueles que por estas alturas preferem olhar para baixo.

Este ano decidi que queria ver o fogo de Lisboa por inteiro e assim, em má hora me lembrei de ir até à margem sul. Infelizmente e por muita falta de minutos tive de andar depressa até à cidade de Almada. Decidi que junto à base do Cristo seria um bom local para o observar. Puro engano. Concluí que durante 2010 irei esforçar-me o mais possível para evitar gastar dinheiro neste concelho, como "vingança" por terem àquela hora o recinto fechado. Bolas, esqueci-me, em Portugal só se facilita algo quando há hipóteses de ganhar muito mais, mesmo que sejam serviços públicos.

E assim, lá tive que me contentar com pedaços de fogo espalhados pelos céus, algures desde uns terrenos de cultivo, mesmo sobre as portagens da Ponte Salazar. Felizmente começou a chover a potes e tivemos de fugir dali. Assim, quando amainou, sempre tive a oportunidade de ver com atenção o fogo de Cacilhas, sem dúvida dos melhores daquela fria noite de Janeiro.