Quem me conhece melhor, sabe que sou apreciador, entre outras coisas de uma velha máxima que diz, antes só que mal acompanhado. Esta é uma máxima que em muitos aspectos resulta na perfeição, mas felizmente há excepções. Excepções essas que descobri, por exemplo, há cerca de dois anos quando decidi efectuar uma mudança radical na minha vida. Um mês depois dessa data, descobri um local mesmo no centro da cidade. Local esse onde essa velha máxima perde totalmente sentido.
Nunca tinha estado num local onde todos remam no mesmo sentido, numa quase perfeita sintonia. Onde o mais importante não é o só, mas sim o acompanhado. Onde as diferenças, as mais-valias e as dificuldades são totalmente ultrapassadas pelo espírito de equipa. O que interessa é a equipa atingir o objectivo e não como partes que se sobrepõem à procura de reconhecimento solitário. Não que essa procura não exista, mas a mesma encontra-se dissolvida no todo, onde os problemas e dificuldades se resolvem sempre no seio do grupo, sem extravasar sinais de desunião para forças superiores. Ali, esse espírito funciona com todas as letras que compõem a expressão.
É com orgulho que vivo nesse pequeno mundo, chamado local de trabalho. E, é com orgulho que entrei num local onde as amizades mais chegadas regem-se sobretudo por equipas, mas eu consegui ultrapassar isso e tenho boas relações com todos os elementos de todas as equipas. Esse privilégio ninguém mo tira!!!
Mas lá fora, infelizmente a natureza humana consegue superar-se em rivalidade. Diz-se que a humanidade tem mentalidade cruel, onde o mais importante por norma é espezinhar quem tenta e quer ser diferente, concordo plenamente. Basta olhar para a guerra entre os sectores público e privado. No público luta-se por melhores regalias. No privado não se luta por melhorias, luta-se sim para que o Público não consigo obter essas regalias. É reles a mentalidade humana.
Hoje sinto-me traido. Há momentos em que aprendemos lições. Pena termos de aprendê-las. Seria tudo muito mais simples e correcto se não tivessemos que aprendê-las, por maus motivos. Por exemplo, quando discordo de qualquer coisa feita por um colega no seio da minha equipa, não envio uma mensagem a denunciá-lo e/ou comento com outro. Prefiro falar com ele, explicar-lhe porque acho errado e tento propor uma forma diferente de fazê-lo. Na prático, tento ser prático e viver em comunhão com as regras definidas no seio da equipa. Felizmente eles também se regem pelos mesmos principios e assim podemos considerarmo-nos uma verdadeira equipa.
No entanto, hoje percebi que este mundo onde vivo mais de oito horas por dia é único e infelizmente lá fora estes conceitos estão extintos. Na sociedade, quer-se é lixar o próximo, independentemente das suas cores, ideais ou convicções. Isso magoa, deixa a sociedade ferida e sem sentido.
... (to be continues, who know's)
O centro da península do cabo
Há 1 mês
Sem comentários:
Enviar um comentário