quarta-feira, 14 de abril de 2010

Turismo na hora de almoço

Hoje decidi fazer um almoço diferente. Se saber muito bem onde ir comer, decidi pelo caminho ter uma ideia luminosa.

 Apanhei o metro na linha Amarela e fui até ao Campo Pequeno. Lá fui dar uma volta ao supermercado madeirense e descobri uma baguete com pão de centeio. Sempre gostei de pão negro de centeio e tão difícil é encontra-lo na cidade.

Dirigia-me para a caixa quando reparei que o supermercado vende queijo fatiado quase individual. Pequenas embalagens de quatro fatias de flamengo das ilhas ou um naco de queijo fresco. Resolvi comprar um destes últimos que combina com o escuro do pão. Juntei-lhe um sumo de fruta e leite de pacote e uma bolachas recheadas caramelo e pôs-me a andar, rumo ao Saldanha.

 Aí apanhei o metro para São Sebastião e subi ao cimo do Parque Eduardo VII. No varandim que observa Lisboa desde o alto, pousei o casaco do fato e sentei-me com as pernas penduradas no vazio. Abri o saco do supermercado e parti meia baguete. Coloquei esta sobre a pedra, indiferente ao que esteve ali anteriormente, escavei um pouco e com os dedos parti o queijo fresco, colocando-o no interior da baguete. Abri o pacote de sumo e ali fiquei a apreciar a paisagem, os carros a rodar sob o olhar atento do Marquês, o Castelo dos Mouros e o de Palmela no horizonte. A Arrábida como que fechando o horizonte.

 Alguns largos momentos depois, o arrumar das coisas, endireitar a gravata e rumar à secretária. Foram apenas alguns minutos, mas soube a eternidade. Como é bom ser-se turista, mesmo na nossa cidade.

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