Hoje acordei tarde e no sofá. Fruto de uma noite de marchas que depois de ao vivo ter detestado, no sofá me deitei para ainda ver o final. Mas como o sono às vezes comanda a vida, quando dei por mim, já os décimos sétimos raios de sol entravam pela janela.
Ainda a endireitar as costas pensava se uma partida de Fifa 10 seria algum a tentar. Após pensar uns breves momentos, decidi não o fazer até porque no LCD já Argélia e a Eslovénia davam um mau espectáculo de futebol. Hoje era dia de limpezas e elas teria de ser feito, pois o conceito pocilga humana estava a começar a ganhar contornos.
Assim, após uma posta de salmão, hora de meter a mão na vassoura, na esfregona e no cano do aspirador para colocar tudo a brilhar quase como novo. Começando às 14:30, só já com o relógio a dar as 18 badaladas digitais um banho refrescante tomava. Para trás tinham ficado vários trabalhos duros, sobretudo o de limpar 16 metros quadrados de varandas sujas pelos vasos dos tomates, dos morangos, das saladas ou das flores primaverais. Pelo meio, apenas um ponto de descontracção. Dois vizinhos da esguelha, ao longe sentados em duas espreguiçadeira bronzeavam, enquanto bebiam um qualquer cocktail de fruta e olhavam... Ao que respondi com um copo amarelo, para onde cortei umas rodelas de lima, acompanhadas de uns cubos de gelo, 7Up e Vodka Preta. Uma mistura gelada num copo suado, que passada pelo monte de gordurinhas abaixo do peito dava uma sensação de anúncio falhado. Mas sabia bem que se fartava.
De banho fresco tomado, foi hora de apanhar algum ar. E a decisão, apesar da hora não podia ser outra. A solução estava em São João do Estoril. Duas bolas, três sabores me esperavam. Nada como um recompensa do Santini para uma dolorosa tarde de trabalhos... Há momentos que não se conseguem traduzir, apenas saborear.
O centro da península do cabo
Há 1 mês
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