Quando regressava a casa, com o coração ainda a cintilar, um desvio na estrada fez-me novamente aventurar. Estava a atravessar São Pedro de Sintra, quando uma placa amarela indicava que a estrada estava cortada devido à feira mensal.
Sempre gostei de feiras. É aquele lugar onde podemos desfrutar de sensações e sentimentos genuínos. Lugares, onde também há tendas de tudo e mais alguma coisa, mas onde se dispensam os ares condicionados e restantes modernices dos centros comerciais. Este gosto é mais um dos que tenho orgulho que os meus avós me tenham ensinado a gostar.
Todos os anos, sonho por altura do Natal, ir passear por mercados de Natal existentes por toda a Europa. Mercado de produtos genuínos e tradicionais. Locais mágicos, onde o sentimento comercial passa para segundo plano. Lugares esses, enfeitados com luzes e cores natalícias de uma época que tanto aprecio.
Voltando à realidade, fiz todo o desvio e como reparei que o trânsito apenas estava cortado num sentido, decidi fazer o sentido inverso para verificar que tipo de feira se estava a realizar. Ganhando o gostinho a cada metro que passava, lá consegui arranjar um lugar genuíno a mais de 500m daquele lugar. Era uma feira em quase tudo igual a tantas outras, não fossem os fornos do pão quente colados ao largo, anunciando serem uma tradição daquele lugar.
A feira estava cheia de agricultores que tentava escoar o fruto de seu suor ao longo de um ano inteiro. Do outro lado, podíamos ver bancas de grandes nomes da moda, desde a Gant, passando pela Lacoste e até a recente Jack & Jones. Todas elas destacaram um tenda de rua, para escoar restos de colecções a preços convidativos. Uma fartura para as bolsas menos desafogadas. Mas nesse dia, não estava para aí virado. Estava com os sentimentos muito apurados, pelo que decidi ficar-me pela banca da natureza. E daí, resolvi trazer mais três plantas para animarem ainda mais o florido da minha esplanada. Foi um momento diferente.
O centro da península do cabo
Há 1 mês
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