terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Quando a cidade invade o campo

Hoje de manhã, deparei-me com uma fila numa estrada de Camarate que normalmente é deserta àquela hora. Como estava com um pouco de pressa, não querendo esperar, optei por um atalho, através de uma rua que não aparenta ter saída, mas que segue um traçado sinuoso, extremamente estreito e com umas lombas que deixam imensos passeios com inveja.

Se este atalho é perfeito para fugas rápidas a filas atrevidas, desta vez tornou-se um poço de emoções. Quando chegava à parte mais apertada do mesmo, eis uma visão única para esta zona do país... Um enorme rebanho de ovelhas e cabras, vinha sozinho em contra-mão. Sim, porque aquela rua é de sentido único.

Quando a primeira encarou com o carro, parou. E, todas as restantes obedeceram como se de um graduado se tratasse. E ali ficaram a olhar feitas parvas!!! Até que de dentro de uma tasca à direita, saí um pastor de cajado numa mão e copo de algo vermelho na outra. Começa a berrar e elas obedecendo baixam os olhinhos e põem-se a andar como se o carro ali não estivesse.

Até foi engraçado, excepto ver aqueles cornichos de cabra, enrolados a passar a poucos centímetros da pintura metalizada. Passados todos os animais, eis que volto a andar e a tomar a estrada onde anteriormente transitava... mesmo à frente do autocarro do qual ainda há uns minutos estava atrás.

1 comentário:

  1. Ai o campo... agora imagina-te na mesma situação mas com vacas: já passei por isso no Norte e ficamos a rezar para que passem sossegadinhas pelo carro. Ora ovelhas e cabras também costumam passar perto de minha casa, tanto que há tempos tive de ficar à espera que passassem todas para poder tirar o carro da garagem :D

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