segunda-feira, 8 de março de 2010

Mal disposto.

Eu sei que o que vou escrever pode parecer um contra-senso, mas vou escreve-lo na mesma. Hoje à semelhança de outros anos, voltei a lembrar-me que se comemora o Dia da Mulher. Nestes aspectos, felizmente não entro nas estatísticas, porque normalmente lembro-me de tudo o que sejam datas comemorativas mais privadas.

Assim, sendo dia da mulher, é normal que goste presentear alguém do sexo feminino nem que seja com um simples "Feliz dia". Depois de acordar ensonado, vestir à pressa, tentar salvar uma vida e chegar às seiscentas ao emprego, há que colocar o trabalho em ordem. Assim, coloquei-o na pasta de correio já lido e foi comer qualquer coisa lá abaixo. Tive azar, àquela hora não estava lá ninguém, tive de comer o croissant sozinho.

Voltei para cima e aproveitei para mandar a todas as mulheres do departamento uma mensagem de feliz dia. Acabei por ouvir uns, tu vê lá vê... estás a arriscar. Não sei porque terá sido. Eu apenas escrevi "Para que não digam que nos esquecemos de vós, tiveram de criar um dia… Assim, um feliz resto de dia…", acompanhado da imagem em cima. Vá-se lá entender estas jovens.

Depois apareceu outra rapariga que estimo muito no msn, voltei a desejar um feliz dia... Hum!!! Mais alguém que pareceu surpreendido, mas pelo menos colocou-me a par dos resultados dos Óscares, até porque ainda não tinha tido tempo de colocar a leitura em dia. De seguida a minha utilizadora favorita, casada e quase mãe de filhos, que reagiu como se espera nestas ocasiões, com um "que querido". Faz sempre bem ao ego.

Mais tarde, decido sair mais cedo para poder fazer uma surpresa, como um jantar à luz de velas, um vinho rose com frutos vermelhos gelados, uma sobremesa a boiar em chocolate quente e algo especial para terminar... Mas, infelizmente, a realidade, nada mais encontrei que uma casa vazia. Assim, comi qualquer coisa à pressa, dei um pouco de alface à tartaruga para lhe desejar um bom resto de dia e vim-me deitar...

Dia Internacional da Mulher

Segundo reza a história, o dia 8 de Março é o Dia Internacional da Mulher. Embora se fale muito do dia, a verdade é que acredito que nem 5% sabe as razões pelas quais hoje se comemora esse dia e se calhar mais de 90% nem se lembra. Os restantes 10% ouviram dias antes nas noticias ou na publicidade.

Este dia nunca foi estabelecido como o dia da mulher, mas com o passar dos anos acabou por ser celebrado a 8 de Março. Segundo, uma historiadora famosa cujo nome se perdeu no tempo, este é o dia em que se recorda uma marcha organizada em 1857 pelas operárias da indústria têxtil, em Nova Iorque, reivindicando melhores condições de trabalho e melhores salários. Há quem diga que as mulheres acabaram por ser trancadas pelos patrões dentro da fábrica, que depois atearam fogo local, matando cerca de 130 mulheres.

Por outro lado, há vários historiadores de renome, como Peter Crouch, William Gerhardi, Zé Manel, Thomas Carlyle, Di Maria, entre muitos outros que dizem que apenas se criou um dia especial, a 8 de Março para que ninguém se esquecesse que as mulheres mais novas, aquelas que ainda não são mães existem. Afinal, ainda não se enquadram no dia da mãe e já são muito velhas para o dia da criança. Teve de ser criado um dia, para que alguém se lembrasse delas, que não nós...

Tensão de Domingo à noite

Ontem fui mais uma vez à Luz. Este ano, que comprei um cativo, é quase uma romaria. Ainda só falhei um, porque foi de semana e era dia de uma importante instalação. Claro que o meu gestor de projecto ainda tem as marcas de tamanha ousadia de marcar uma instalação para um dia de glorioso.

Mas voltando ao jogo de ontem, que por sinal foi a um Domingo à noite, altura em que aparentemente já se descarregou todo o stress acumulado durante a semana anterior, achei impressionante a quantidade de stress e raiva, com que alguns dos presentes presenteavam a equipa de arbitragem.

É verdade que os amarelos pareciam encomendados, mas vale a pena derreter as veias a protestar loucamente com alguém que vários metros mais em baixo a única coisa que consegue distinguir, não passa de um coro de assobios e a palavra "Palhaço". Fiquei estupefacto com a quantidade de raiva contida e expulsa em 90 minutos por um grupo ainda grande de adeptos, onde a maioria tinha de certeza mais de 50 anos de idade. Depois queixam-se que são os nervos e lá lá lá que provocam os avc's.

E ainda bem que ganhámos e que este ano isso se tornou hábito. Caso contrário, o estádio estaria mais vazio... Não pelos resultados, mas pela quantidade de avc's provocados... hehehee

A vida entre dedos

Há dias assim...

Hoje já tinha acordado tarde, muito tarde e vinha atrasado, quando à entrada do metro no Alto dos Moinhos, uma pessoa à minha frente aterrou ao comprido no meio do chão. Apesar do chão estar escorregadio, a forma da queda demonstrava que algo de anormal se tinha passado.

Corri em sua direcção enquanto entre os poucos presentes as reacções foram contraditórios, uns ficaram pasmados, outros desviaram o olhar e outros ainda desataram a rir. Palhaços...

Depois de alguns largos segundos tentar afastar um segurança mais exaltado que não me deixava aproximar com o argumento que estava a tapar o ar, lá consegui chegar ao pé da pessoa. Notava-se aflição no respirar. Estava sem dúvida a ter um ataque qualquer.

Uma outra rapariga presente ligou para o 112, foi quando decidi arregaçar as mangas e fazer massagens cardíacas alternadamente com um outro segurança. Acho que foram os 10 minutos mais longos dos últimos anos da minha vida. Finalmente passado mais ou menos esse tempo, apareceu finalmente o 112 e tomaram conta da ocorrência.

O bombeiro diz que podemos ter-lhe salvo a vida, mas não sei não. O pulso não dava grande sinal. Quem sabe tenhamos conseguido. Seria bom.

Hoje ganhei uma felicidade anormal no rosto... pelo menos até ter chegado à seguradora... pois o horário foi todo queimado.