sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

E ao fim de 14600 dias... tremeu.

1:37. Esta hora vai ficar marcada no meu imaginário durante alguns tempos. É verdade que já passou, mas também é verdade que me colocou mais alerta para um problema que nunca nós lembramos que também pode acontecer a nós.

Recordo-me perfeitamente do susto que apanhei. Mas ao contrário dos n relatos que já ouvi, não ouvi qualquer barulho antes do safanão. Aliás, nunca ouço barulho algum que venha de fora. O mundo pode acabar que se o prédio nada sofrer, só no dia seguinte de manhã quando sair da garagem dou por ela. O prédio é demasiado isolado que nem a TMN lá entra. Mas senti perfeitamente o sofá a mexer-se sozinho, assim como as teclas do portátil a fugirem-me dos dedos. Confirmei com a televisão que abanava com ritmo ao movimento das ondas que por acaso não estavam a dar porque estava desligada.

Como que por reflexo, consegui como nunca livrar-me da manta que me dava um pouco mais de calor e não sei bem como, quando dei por mim, ainda a televisão abanava e já eu estava no local da porta que separa a cozinha da sala. E ali fiquei mais ou menos imóvel durante alguns minutos.

Depois, ainda passei largos minutos a fazer F5 ao meteo para saber qual o grau e se havia estragos. Felizmente não provocou mais que sustos. Agora é esperar que isto não tenha sido apenas um aviso...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Jantares de Natal

Ontem foi noite de mais um jantar de Natal. Foi um aproveitar para rever aquelas pessoas que só se vêm de vez em quando. Normalmente nas festas de Natal e de Verão.

Normalmente até são bastantes agradáveis, mas ontem teve o seu Q de estranho. Passando apenas um ano, senti-me sem assunto de conversa, sem saber o que dizer. Talvez por ter escolhido aquela mesa, talvez não. A verdade é que a escolhi porque tinha miúdos pequenos. Sempre ouço comentar que os miúdos fazem barulho e são chatos, mas não há mesa verdadeiramente animada sem uma de duas coisas... miúdos ou um bom vinho. Como tinha de conduzir...

Agora numa mesa de miúdos, qual o tema central da noite? Miúdos, pois claro. E é aí que se fica muito bem sem saber o que dizer após se esgotar o limitado conteúdos de conhecimento acerca de miúdos. É nestes momentos que se sente imenso a falta de miúdos lá em casa, não para manter uma conversa, mas porque simplesmente adoro miúdos, sobretudo se fosse o meu miúdo.

Isto começa a parecer um desabafo, mas pensando bem se calhar é mesmo um desabafo. Bolas, ainda me falta realizar o meu maior sonho a seguir ao A5 (dispensável), sobretudo depois de ter visto a foto do João que me chegou, hoje, por email, poucos minutos depois de nascer...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Frio Nórdico? Aquece-te com um Magnum!!!

Para ontem e hoje anunciaram um frio gélido. Acredito que sim, que esteja. Felizmente ainda não o notei dado ter tornado o fato numa armadura perfeita. Não entra nada. Até a mão tem dificuldades de tirar a carteira. Se bem que por uma lado é bom, gasta-se menos, por outro é mau, dá trabalho entrar no metro.

Mas hoje, como estava frio tive oportunidade de me divertir dentro do metro. Este ano ainda não tinha tido oportunidade de faze-lo desta forma. Soube mesmo bem aquele Magnum Amêndoa. Estava mesmo a precisar de um gelado fresquinho para acalmar o calor corporal.

É sempre engraçado, olhar para quem nos olha com um sentimento extremamente gélido, como se as suas extremidades congelassem, a cada dentada minha no gelado. Foi engraçado e saboroso. Fez-me recordar aquelas composições da CP com destino à Azambuja em pleno Inverno, com o interior a tremer de frio, enquanto eu comia descansadamente um Cornetto de Nata, menos fresco que o ar que me rodeava. Era uma forma saboroso de aquecer, em tempos que ainda não tinha descoberto a magia do aquecedores de mão do Starbucks e afins.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Circo de Natal

No sábado fui ao circo. Já há muitos anos que não ia, mas a festa de Natal da empresa levou-me até lá. Não interessa qual era, são todos muito iguais.
Quando soube que este ano a festa era no circo tive um sentimento nostálgico. Afinal, iria sentir a magia de outros tempos?
O chegar e ver a tenda, criou expectativas. Ao entrar um túnel frio enorme, antes da tenda propriamente dita um largo com carroceis e barracas de comes e bebes. Não me lembrava de haver esta parte. Talvez tenha nascido fruto da inovação em busca de novas fontes de rendimento.
Depois de um lanche exclusivo, tocou a sirene e todos rumamos à tenda principal. As bancada continuam de tábua corrida, mas agora cobertas com cadeiras de plástico mal pregadas, entre o palco e o cimo da tenda, um misto de cordas, cordéis e cabos balançam no ar. Em volta do palco grandes adivinham um número perigoso de feras domesticados.
Acabaram com as grandes que por um túnel levavam os tigres ao palco. Falta de espaço nos atrelados. Agora usam-se redes entrelaçadas. Ainda bem que os tigres de actualmente vão à manicure e arranjam as unhas, caso contrário teriamos a segurança colocada em causa.
Penso que estas novas políticas laborais do governo também elas afectaram os tigres. Coitados, aparentavam sofrer da doença da idade da reforma aumentar, lá tiveram de se arrastar pelo palco, saltando de banco em banco. Curioso verificar a manobra complicada da domadora de ajoelhar dois tigres a seus pés. Pena eu estar de lado, porque assim vi perfeitamente a domadora a passar pedaços de carne para o chão junto a seus pés. Assim qualquer um o faria. Ok, eu não.
Depois os palhaços, muito trapalhões mas 100% previsíveis. Ok, se calhar aquilo só resulta para quem ainda não tem o raciocino totalmente apurado.
Os trapezistas, a precisarem de mais uma horas de ginásio. Sim, já foram os jovens apresentados, mas já devem assim ser apresentados há alguns anos. Ensaio em pleno palco. Eu percebo, o número dos copos sobre o monociclo é complicado, mas a lição devia estar mais bem estudada.
Se bem que os da bicicleta deram um show. Finalmente alguma coisa se aproveitou. Gostei, mas não vou tentar imitar... afinal os meus dentes já não são de leite.
Valeu pelo convívio, valeu pelo farnel, valeu pelo cabaz de Natal.

Agora percebo porque os circos dizem-se em crise. Ao sair reparei nos preços, crianças 10€, adultos a partir dos 20€. Relação qualidade/preço? Agora percebo porque existe tanta crise nos circos.

Antes de terminar uma referência para a pobre cria que teve de tirar uma foto com todos os presentes, mesmos os que não queriam. Como dizia a filha pequena de um colega - "Coitadinho do leão".