quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Problema na Net ou no Call Centre

Ontem tive de ligar para o Call Centre da Zon por causa de um problema com a Internet.

 Liguei e apareceu uma gravação a anunciar "Bem vindo ao apoio ao cliente Zon". De seguida o chato do menu automático...

«...» Apoio Técnico e Avarias, prima 3; «...» Internet, prima 2; «...» Necessita de estar junto do seu equipamento. Se está prima 1; Enquanto aguarda o atendimento, por favor, desligue e ligue o seu modem.

«...musica...» Cerca de dois minutos depois...

ZON> Boa tarde, está a falar com o Nuno «...» em que posso ser útil?
Cliente> Boa tarde, tenho um problema com a Internet e preciso de apoio técnico.

Z> Tenho o prazer de estar a falar com o sr?
C> «...».

Z> Sr. «...» podia-me indicar o seu número de cliente para que possa aceder à sua ficha de cliente?
C> Claro que sim, o número é «...».

Z> Sr. «...» pode aguardar um momento em linha enquanto consulto a sua ficha, sff?
C> Claro que sim.

«...musica...»

Z> Sr «...», obrigado pelo tempo que aguardou. Podia confirmar-me a sua morada onde tem o serviço instalado?
C> Claro que sim. A morada é «...».

Z> Sr «...», está correcta. Pode aguardar um pouco em linha, dado que estamos com alguns problemas em aceder à sua ficha de cliente.
C> Sim... Mas se não consegue aceder à minha ficha de cliente, como confirma a morada?
Z> Ahhhh... Só um momento, por favor!!!

«...musica...»

Z> Sr. «...», estamos com um problema informático interno e não conseguimos mesmo aceder à sua ficha. No entanto, já tomei nota do problema. Será contactado mais tarde, pelos nossos serviços.
C> Ah!!! Mas eu ainda não lhe expliquei qual o problema, como é que já anotou?

Z> Ahhhh... Sr. «...», estou aqui a receber a informação que neste momento não será mesmo possível aceder à sua ficha de cliente, pelo que terá de nos ligar mais tarde.
C> Podem ser vocês a contactar porque não sei quando voltam a ter sistema?

Z> Não será possível, Sr. «...». Sem sistema não poderemos registar esse pedido.
C> Interessante, mas você não tinha já registado a ocorrência e ia ligar mais tarde?

Z> Há mais alguma coisa em que possa ajudar da minha parte?
C> Sim, ser honesto!!! Boa tarde. Com licença!!!

«...pi...pi...pi...pi...pi...pi...pi...pi...pi...pi...pi...pi...pi...»

Moral da história, liguei de seguida novamente para o número do apoio técnico, fui atendido pela mesma pessoa (ou então tem todos o mesmo nome), que tratou da situação como se nada se tivesse passado anteriormente, fez todos os testes de despistagem do problema e marcou uma intervenção técnica no local.

 Resumindo, há gente que precisa de um incentivo, mesmo que toque a insulto, para trabalhar a sério!!!! Temos pena, mas já tenho anos suficientes de apoio a Call Centre para lhes chamar um figo.... Hehehehe...



«...» -> Oculto para preservação de dados confidenciais.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Há dias assim...

Sinceramente não sei que se passa comigo, mas hoje custou-me imenso a acordar. Estava difícil arrancar-me da cama, mas lá consegui. Agora o que ainda não consegui, foi livrar-me dos pensamentos que não me deixavam arrancar da cama... Como dizia o outro - "E esta, ah?".

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mais uma tradução deliciosa...

Extracto retirado da página de uma das lojas de fotografia mais conhecidas em Portugal. É tão cómico como complicado de ler... Gosto sobretudo da frase a "bold"... Hehehee

"Flipside 400 AW é uma mochila com uma câmara de alta performance concebido com uma grande capacidade, a segurança prémio, todos os dias de conforto, além de proteção contra os elementos. Sua volta único compartimento de entrada fornece acesso fácil a câmera quando da criação de artes (mantendo arnês fora da terra e não poluente), além de segurança extra, quando em movimento. O compartimento principal espaçoso garante uma DSLR profissional, ligado lente zoom, além de acessórios diversos. O prémio conjunto de características inclui: Hideaway Tripod Mount ™, Hypalon ™ SlipLock presilhas ™, bolsos de cartão de memória, e built-in AW All Weather Cover ™. Perfeito para o fotógrafo viajante que necessita para manter a engrenagem cara seguramente aninhado, mas fechar a mão para capturar o tiro em um momento."

Está (ou esteve) aqui...

Longos dias

Isto de estar de baixa tem que se lhe diga. Muito tempo para estar acordado. E já é tão tarde... Acho melhor ir-me deitar pois estou a ficar mal habituado e depois dia 22 é que vão ser elas para acordar cedo...

 Mas já prometi a mim mesmo, embora sem forma de garantir a correcta aplicação da promessa, que para a semana vou todos os dias deitar cedo e cedo erguer, não porque dá saúde e faz crescer, mas para ir recuperando ritmo laboral.

Bolas, tanto tempo livre e não posso sair de casa para à beira mar ou rio ir passear, muito bem acompanhado... por uma carga de água. LOL

... e o Algarve

Se no final do mês passado tinha contribuído para a melhoria da economia britânica, ontem resolvi ajudar um pouco a algarvia. É que agora ando numa de melhorar o meu parque fotográfico, até porque estou a cerca de mês e meio de voltar à minha cidade de sonho e desta vez com máquina digital.

 Então depois da mochila e de tomar a decisão de reservar todos os meses cem euros do meu rendimento mensal para extravagâncias, decidi finalmente comprar uns filtros à maneira para melhor as minhas qualidades fotográficas, pois com a cabeça e os dedos isto não está a ter resultado.

 Já desde o último Rally de Portugal que pensava nisso, depois de ver o céu desaparecer em muitas das fotografias. Ontem finalmente decidi comprar, como prenda de aniversário para mim próprio. Aliás, todos os anos me ofereço uma prenda, seja nesta altura seja no Natal. Acaba por ser engraçado, quando bem organizado.

 Assim, hoje mandei vir do Algarve, mais propriamente de Olhão, uma carga de filtros, suportes e adaptadores. O curioso é que ficou quase 50% mais barato, mesmo com cinco euros de portes que comprar na mais barata das mais baratas lojas de material fotográfico que existem em Lisboa. Viva assim a Internet e o MbNet. E vem por correio expresso, ou seja, vai ser entregue aqui no conforto do lar.

Ajudar a economia...

Já andava há algum tempo para comprar uma mochila para colocar o meu material fotográfico e levá-lo comigo para as minhas viagens. O meu pequeno saco já se mostra pequeno para tantos apetrechos e incomodo porque é de alça para o ombro. Mas no entanto, não queria uma mochila qualquer. Queria que fosse aquela mochila que ao senti-la nas costas nos faça sentir especial.

 Nestas coisas sou exigente. Teria de ser uma mochila que me permita andar descansado no meio das confusões, como por exemplo no metro, sem receio de roubos. Que fosse suficientemente discreta para passar por mala de viagem. E suficientemente impermeável para não obrigar a cuidados extraordinários em tempo de chuva. Há cerca de um ano que a procurava. Não de forma incessante, mas de forma descuidada sempre que entrava numa loja que vendia produtos do género. Mas nunca tive sorte... até um dia.

 Tinha ido à Fnac do Colombo, passar algum tempo enquanto esperava pela minha mãe. Estava a olhar para as mochilas quando reparei numa que nunca tinha visto anteriormente. Era uma LowePro Flipside 400 AW. Olhei para o preço e ia para colocar de volta no lugar, quando me apercebi de algo especial. A abertura era pelas costas como sempre sonhei. Tinha cobertura de chuva incorporada e um padrão esverdeado e preto. Era uma séria candidata a preencher um sonho antigo. Fiquei encantando, mas esse encanto logo se esmoreceu quando olhei para aquela etiqueta às barras que se encontrava por baixo... marcava nada mais, nada menos que 145€. Estremeci. Pensei, bolas... tinha de ser tão cara. Fiquei ainda mais pensativo e hesitante. Afinal ela estava ali... não compensaria a fortuna que me pediam? Depois de ponderar, resolvi dar um ou dois dia para pensar melhor.

 Quando mais pensava, mas dava por mim a dizer - "que se lixem os euros, foi com ela que sempre sonhei". Mas como mau português, decidi que não me dava por vencido, ou seja, que não seria fácil tirarem-me assim 29 notas do cartão. E foi aí que começou uma procura incessante em diferentes sites da web... até que em poucos minutos, abriu-se um site e desde logo pensei - "bem, está na hora de contribuir uma melhor economia britânica!!!". Ali estava ela, na Amazon, no Marketplace num preço muito mais animador. Nem pensei duas vezes... saquei do MbNet e pimba.

 Resumindo, aquela fantástica mochila que custava 145 euros na FNAC, veio de Inglaterra em quatro dias úteis, entregue em casa por uma transportadora internacional, pela módica quantia de 89 euros, já com portes de envio e taxas. Na prática, custou apenas 70 euros. Ou seja, menos de metade do que custava em Portugal.

 Agora venha o Natal, para que possa continuar a ajudar a economia britânica e francesa.

Barreira psicológica

Há pouco estive a rever pelo centésima milionésima quadragésima vez um filme de 2002, que teima em passar nos notáveis canais de cinema "gratuitos" da nossa televisão por cabo e que decidi gravar para ver nesta altura com maior atenção.

 Nunca tinha percebido qual o problema de estar 40 dias e 40 noites sem aqueles momentos especiais de que tanto gostamos, mas finalmente consegui apanhar a dureza do filme... é que quer queira quer não, é esse o período aproximado da minha recuperação total... bolas, não vejo a hora de poder ultrapassar esta situação!!!!

Serviço de Stress Nacional

Hoje fui ao Centro de Saúde como costume para mudar o penso. Cheguei e tirei a senha. Desci a escada e olhei  para o ecrã. O meu número era o próximo. Sentei-me e aguardei....

Passados cerca de cinco minutos vi as enfermeiras passarem em conjunto em direcção a uma porta. Não pensei em nada e continuei a ler o Record online. Trinta minutos depois e sem chamarem ninguém, achei estranho e fui perguntar ao balcão. Indicaram-me que estavam todas em reunião. Reclamei porque estava no horário de atendimento, daí não fazer sentido terem os doentes ali à espera.

A senhora simpaticamente foi lá dentro e voltou com a indicação que teria de esperar mais um pouco. Fulo aproveitei esse tempo para aceder no telemóvel ao site da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e efectuei uma reclamação electrónica. Cerca de mais 30 minutos depois, voltei a perguntar se faltava muito. Perante uma resposta de incerteza, pedi o Livro de Reclamações...

 "Livro de Reclamações", expressão mágica. Afinal a reunião podia ser interrompida. Logo apareceu uma enfermeira toda simpática que atendeu na hora. Cerca de uma hora depois de chegar e sendo a senha seguinte fui atendido. Mas isto foi apenas uns três minutos depois de pedir o livro mágico... Portugal, no seu melhor.

 Depois do tratamento, ainda fui ao balcão e expliquei à senhora que naquele momento iria agir mal, ou seja, não efectuar a reclamação no livro, mas que era apenas porque já me doía a costura de tanto tempo sentado e já tinha efectuado uma reclamação online.

 Agora quero ver o que me espera na sexta, quando voltar a mudar os pensos... Uiii!!!!

Tarde rosa choque

Sinto-me preocupado. Hoje para variar estava em casa sem saber muito bem como distrair o excesso de tempo que tenho neste momento e quando dou por ela estava a ver as tarde da Júlia.

Pode ser de já estar farto de Internet, Forms ou PS3. Mas acho que não. Penso que a culpa foi de ter passado o internamento com as tardes dessa forma ocupadas. Afinal, não havia mais nada que fazer e nenhum de nós se importava que o sr. António as visse...

Quando ainda falta uma semana e meia para terminar a baixa, é mesmo caso para dizer... " - Tirem-me deste filme!!!"

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ir à faca

Há dias fui pela primeira vez à faca. Digo que pela primeira, mas espero que pela última vez. Não porque seja um drama, mas porque normalmente está associado a algo de mau e mete medo.

 Tive de ir ter com o gajo da faca por algo que não interessa registar, mas a verdade é que era inadiável. Teve de ser.

 Os dias que antecederam o momento foram complicados. A concentração no trabalho foi posta à prova. Perdeu. Nesses dias, fui almoçar a pé ao El Corte Inglês, ao Saldanha e ao Jardim Zoológico. Dito assim, não parece nada, mas indo da zona de Santa Maria já é significativo. Foram dias de apreensão, pois embora o médico tenha dito que era simples, era sempre uma cirurgia.

 A viagem para Coimbra foi estranha, muito silenciosa, para alguém que em viagem gosta de falar, falar, falar até fartar... A entrada no hospital, de mala na mão, logo de manhã pareceu estranha. Um check-in indesejável. A indicação da cama... com um 13 por cima a atrapalhar os mais supersticiosos. Lembro-me da minha mãe comentar isso, quando uma enfermeira passava. E a preocupação de me mudarem se fosse o caso. Não quis. Gosto do 13. Sempre me levou certinho do comboio à universidade. Não seria motivo para preocupação.

 A primeira indicação. Vista o pijama e o roupão para a realização dos exames preparatórios. Um electrocardiograma, tirar sangue e um rx ao tórax. Nada de especial. Depois seguiu-se a angustia e a espera durante toda a tarde e noite. Às 22 horas, deram-me dose de cavalo para dormir. Sinto no entanto que fui simpático. Cumprimentei todas as enfermeiras que de hora a hora iam ao quarto, onde quatro doentes aguardavam. Um pela alta, outro drogado com medicamentos e dois sem pregar olho a pensarem o que irei suceder a partir da oito da manhã.

 Sete da manhã. Um enfermeira vem ingloriamente nos acordar. Não foi necessário. Tanto eu como o sr. Carlos estávamos bem acordados depois de uma noite de cabeças e encontros fortuitos entre o quarto e a casa de banho. Pelo caminho, várias vezes cruzei e fiquei a falar com o sr. Fernando. Ia depois de nós. Talvez nos voltássemos a cruzar inconscientes num elevador qualquer.

 Tirada toda a roupa e vestida uma bata de apertos atrás, a assustadora subida para a maca. O caminho tortuoso para o corredor junto do elevador. Entretanto chegou o colega do lado e lá fomos rumo aos fundos, mais concretamente no -2.

 Passava pouco das dez para as oito, quando se deu a transferência para o bloco operatório. Somos transferidos como uma peça de carne de uma maca para outra. Uma plataforma com um metro e oitenta, claramente curta para tanto gajo. Tive de passar dobrado.

 Segui-se a espera. Fria e gelada de uma área toda azul clara e branca. Parece invicta. Segue-se a assustador corredor até à sala 5 de uma sala que mais parece uma nave espacial. Tudo tem linhas futuristas, incluindo a anestesista.

 Uma conversa banal, com perguntas banais serve de entrada. Pergunta-me se estou preocupado. Respondo que assustado e com um medo medonho de não acordar. Garante-me que se for por ela, acordarei nem que seja à marretada, só que a deixe fazer seu trabalho. Sou "obrigado" a arriscar. Começam a meter-me umas coisas na veia, o tecto começa a andar à volta, penso num jantar em Sesimbra que ficou por realizar e...

... abro os olhos meio "estrabulhado". O tecto da sala parece-me diferente. Ao meu lado, camas como se ao estacionamento do hospital tivesse ido parar. Ainda assustado, olho para uma enfermeira de me diz um simpático "boa tarde". Fico baralhado... Mas ao contrário do que me diziam, não tenho a tentação de meter a mão no lugar. Acredito que já tenha passado.

 Logo após o almoço sou levado para o quarto. Todos me perguntam se correu tudo bem. Não sei. Ainda não falei com ninguém. Dizem-me que levei quase seis horas a regressar. Fico intrigado. Mas afinal houve um meeting durante a operação. Correu bem, pouco ou nada tiraram. Fico um nadinha aliviado.

 Chega-se a noite e mais uma dose de cavalo, mas curiosamente um síndroma de insónia invade o quarto e nenhum dos quatro prega olho a noite inteira. Tivéssemos um baralho de cartas... Estava a primeira fase ultrapassada!!!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Tradutor Out


Ora aí está a crise a apoderar-se das empresas. E quando esta aperta, nada como despachar o tradutor... depois dá nestas coisas!!

Num hotel alguém escreveu: You are invited to take advantage of the chambermaid. ("Você está convidado a aproveitar a camareira.")

Quando o Papa foi a Miami, alguém estava vendendo camisetas em espanhol com a inscrição "Vi la papa" em vez de "Vi al papa". A segunda frase quer dizer "Vi o Papa", e a primeira "Vi a batata".

A sueca Electrolux anunciou seus aspiradores nos EUA com o slogan "Nothing sucks like an Electrolux", que tem dois sentidos pouco recomendáveis: "Nada chupa como..." e "Nada é tão nojento como...".

E para terminar uma pérola de um livro de informática brasuca que tenho algures ali na estante a dado momento "disk drive" é traduzido por "motorista do livro". Guardo esse livro religiosamente.

Mudanças canceladas.

E quando já lá estava, eis que surge um erro de casting e afinal já não vou para lá. Bem vindo ao mundo da desorganização. Deve ter sido o local onde estive menos tempo... uns 31 minutos.


 Engraçado que até já me tinham apresentado todo o projecto... E pronto, agora estou de "volta" à casa mãe, ali para os cimos de Entrecampos, com vista para um hotel da moda e para o parque de Monsanto. E que bonito é o pôr-do-sol sobre Monsanto!!!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Em mudanças...

E passados três anos, eis que infelizmente vou-me mudar de armas e bagagens para ali... É muito mais perto de casa, a dois passos do Vasco da Gama e vou ficar a ganhar mais, mas há outras coisas tão mais importantes que se perdem...

 Vou ter saudades de trabalhar e "discutir" com as três supervisoras do outro lado... e mais umas quantas coisas. Sorte a estação de metro de Moscavide estar quase a abrir...

Os amigos

Estas duas últimas semanas foram fantásticas, apesar serem semanas de enorme apreensão. Nelas descobri que a palavra amigo é muito mais que apenas um conceito. É uma palavra fantástica.

Quando precisei deles, praticamente todos responderam à chamada. Somente falhou um... Pedi-lhes para se encontrarem comigo porque queria-lhes dizer algo e todos responderam à chamada no dia que lhes pedi, excepto um...

Mas o mais importante é quem parou para responder à chamada. A todos, mesmo que a maioria não conheça este site, o meu sentido obrigado.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O susto...

Apenas uma nota: Acho que tão cedo não vou esquecer a minha segunda semana de férias de Verão deste ano. De 6 a 10 de Setembro, o meu mundo tremeu...

Espinhos da Europa

Acho que ainda não tinha nascido e já sonhava ir aos Picos da Europa. É dos locais que mais ambiciono ir e apesar dos cerca de 900 km que os separam da capital, nunca tive oportunidade de lá ir.

 Este ano, tinha decidido que seria o momento. Com tudo preparado, logo tinha de acontecer a única razão que me levaria a abortar a missão. Fiquei realmente triste por não ter ido, mas há momentos na vida que temos de fazer decisões e eu preferi escolher a oportunidade de deixar para mais tarde.

 Agora vamos lá ver quando vou voltar a ter oportunidade de finalmente conhecer o Parque Nacional dos "Espinhos" da Europa...

Praia da Luz

Bolas, ainda só passaram duas semanas e já estou cheio de saudades da praia inglesa do Algarve.

 É verdade que já por lá tinha passado, mas nunca tinha lá estado. Foram apenas três dias, mas adorei esta praia já tanto falada, de onde desapareceu uma linda inglesa.

 Nunca tinha estado num pedaço de areia com tanto inglês por metro quadrado. Mas soube bem, muito bem mesmo. Afinal, sou um apaixonado por Inglaterra.

Claro que a piscina do Resort também ajudou... :p

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ser saudável em Lisboa

Na semana passada coloquei um desafio a mim próprio. Conseguir o maior número de dias sem utilizar meios mecânicos auxiliares nas minhas deslocações. A ideia era apenas fazer mais exercício que normalmente.

 No emprego consegui facilmente dado que a empresa permite o uso das escadas para além do elevador. Nos transportes também, até porque os 96 degraus da estação de metro não são nada demais depois de um dia de trabalho.

Ir almoçar ao Bairro Alto, já deu alguma luta, dado que são aproximadamente 266 degraus entre o cais de desembarque e o largo de Camões. Custa sempre um pouco, sobretudo quando o almoço ainda não foi processado.

 Dos Restauradores ao Marquês é fácil, mesmo que seja a pé. Do Marquês à Castilho já custa mais. Talvez culpa da rotina.

 Mas depois de muito andar, cerca de 2350 degraus, eis que hoje fui bloqueado pelas recentes tecnologias. Infelizmente não descobri numa escada normal para aceder à loja do novíssimo IKEA de Loures. Bolas, logo uma loja que se preocupa tanto com o ambiente...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Prova de Fogo 1

Hoje há tarde quando fui lá abaixo à máquina buscar algo para o primeiro lanche da tarde, eis que sou recebido com tudo aquilo que nos adoça a tarde.

 Hoje havia de tudo, desde salames de chocolate, a bolos de chocolate, tartes de nata, etc. Um sem fim de coisas que embora não façam falta, sabem muito bem.

Mas como de uma prova de fogo se tratasse, sinto-me feliz, porque saí lá de baixo com um iogurte magro de manga e pêssego na mão. Estava fresquinho e também soube muito bem. :)

Electricidade

Hoje pode-se dizer que foi um dia Sui generis. Não sei muito bem porquê, mas tal como me disseram mais que uma vez, parecia ligado à corrente.

Tudo me correu bem. Só tenho pena de não ter registado uma chave do Euromilhões. As probabilidades eram capaz de ser interessantes.

Mas um dos momentos mais engraçados foi quando respondi a uma pequena provocação com esta caneca. Acho que por momentos preguei um grande calafrio a alguém. Foi muito porreiro. Hehehehe!!!!

Acho que o Verão, os festivais de Verão, as noitadas electrónicas estão a tornar-me mais alegre, ainda com mais vontade de viver. Não sei muito bem como, mas isso está-me a deixar cada vez mais intenso. Será que anda algo no ar?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Motivações

Era quinta-feira e quase hora de jantar. Tinha de estar na empresa por volta das 22h para acompanhar uma instalação pós fecho de um serviço. Apetecia-me estar longe do centro de Lisboa naquele momento.

 Após muito pensar tomei uma decisão improvável. Fui de metro buscar o carro e decidir ir jantar ao Fórum Montijo. Verdade, de vez em quando dá-me assim uns devaneios improváveis. É um grito de revolta, um grito contra a rotina.

 Cheguei e ainda antes de jantar decidi que precisava de uns ténis de caminhada. Uma ida rápida à Decathlon resolveu o problema. Já há muitas semanas olhava para eles. Naquele dia estava mais vulnerável, comprei. Ainda bem que o fiz!!!

Depois, jantei. E a seguir fui fazer a digestão para os corredores do centro. Olhei mais do que vi, mas num momento lá estava ela. Uma loja que muito aprecio. Entrei. Tenho números a mais para os limites. Decidi perdê-los...

 Passaram duas semanas e estou a conseguir levar o meu esforço por diante. Falta um número... Que fixe!!!

domingo, 1 de agosto de 2010

Abanão

Há pouco estive a ver pela milionésima vez, o filme "Romance Arriscado", com o Ben Stiller e a lindíssima Jennifer Aniston, na televisão.  Gosto imenso deste filme, embora seja bastante lamecha, porque retrata um pouco daquilo que muitas vezes sinto falta. Não, não é daquela parte do nossa companhia fugir com o mergulhador. Essa parte dispenso.

 Mas porque este filme retrata aqueles momentos que gostava de um dia sentir. Às vezes sinto completamente falta de alguém que seja o oposto de mim. Alguém que agite o meu mundo, que me faça ver que há todo um outro mundo louco pronto para me receber. Às vezes detesto ser mais ou menos certinho. Sinto falta de agitação...

 Sempre me disseram que era importante ter um emprego bom e estável, de ter um carro razoável, uma boa casa e constituir família. Ainda não tenho isto tudo, mas já vou bastante avançado. Mas quando mais se compõe o ramalhete, mais vontade tenho de desbundar...

 Há dias olhava para uma revista de arquitectura que tinha sacado da net. Guardo-a religiosamente. Lá dentro tem um dos meus sonhos de casa. Infelizmente não há cá em Portugal. Apenas nos subúrbios americanos. Adorava poder ter ou ter tido um recanto num armazém. Daqueles onde se sobe por elevadores grandes e espaçosos, onde se tem de subir e baixar um gradeamento. Poder entrar directamente no meu open-space quando saisse do mesmo. Ter tudo ali, o sofá, televisão, cama, cozinha. Tudo junto, tudo misturado. Como nos bons filmes americanos dos anos 80. Viver nos subúrbios, numa rua cheia de lojas de conveniência, onde momentos escaldantes pudessem acontecer.

 Ou então gostava de ter tido a oportunidade de mobilar a casa ao poucos. Poder passar dias a comer sentado em caixotes cheios de tralhas e a dormir e fazer tantas outras coisas num colchão no meio do chão. O velho ideal americano dos filmes. Teria sido muito mais feliz com toda a certeza.

 Ainda andei a tentar aprender a dançar Salsa, mais no sentido de rebeldia, uma vez que nunca tinha sequer me imaginado a fazer algo similar. Mas falta de continuidade em clubes como o da imagem, deixou a tentação sair derrotada....

Dois números

Na quinta-feira quando fui jantar ao Fórum Montijo, aproveitei para dar uma saltada a duas ou três lojas de que gosto. Uma dessas lojas foi a Jack Jones. Não sabia que já lá havia. Só conhecia a do Dolce Vita Tejo e a da Karl Johans gate, em Oslo. Gosto imenso dos designes das calças.

 Aproveitei então para experimentar meia loja e ficar com um desgosto enorme. Segundo parece apenas fazem calças e calções até ao número abaixo do meu. Assim, como não quero deixar de comprar calças lá, tomei uma decisão séria. Desde hoje estou oficialmente em dieta até perder dois números nas calças.

 E para comemorar esse decisão, a meio da tarde fui a Belém comer algo fresco que está na foto. Mas depois ao jantar vinguei-me com uma salada de alface, rucula e mozarella light. Desta vez, vai até ao fim... I hope!!!

Stop-In

E mais uma vez estamos em Agosto. Este é um mês muito esperado, porque é desde há uns anos para cá onde tenho a oportunidade de participar num acontecimento cultural, quase exclusivo dos Estados Unidos. Agosto é sinónimo de Montijo.

 Sério, em Agosto devo passar mais vezes a Vasco da Gama e ir ao Montijo que no resto do ano inteiro. E que há no Montijo de interessante para além de uma urbanização em tons de amarelo junto ao Fórum? Precisamente o Fórum e com o seu cada vez mais famoso... Drive-In.

 Sempre apreciei o conceito de ir ao cinema com o carro e tudo. Poder desfrutar da qualidade de uma sala de cinema e da possível companhia do lado no conforto do nosso amigo das deslocações diárias. Ouvir a voz dos nossos actores favoritos ou não pelo sub-woofer. Muito bom. Só tem um coisa que me chateia, é que a seguir ao filme não vem a empregada da limpeza retirar os restos de pipocas que teimam em brilhar em todos os cantos mais refundidos do nosso menino.

 Em contagem decrescente...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Momento de Desconcentração...

Yes i can see her
Cause every girl in here wanna be her

Oh she's a dive, feel the same and I wanna meet her

They say she low down
It's just a rumor and i don't believe em
They say she needs to slow down
The baddest thing around town

She's nothing like a girl you've ever seen before
Nothing you can compare to your neighborhood hoe
I'm trying to find the words to describe this girl
Without being disrespectful

The way that booty moving i can't take no more
I have to stop what i'm doing so i can put on my clothes
I'm trying to find the words to describe this girl
Without being disrespectful

Damn Girl

Damn Girl You'se a sexy bitch, a sexy bitch, a sexy bitch
Damn Girl You'se a sexy bitch, damn girl
Damn Girl You'se a sexy bitch, a sexy bitch, a sexy bitch
Damn Girl You'se a sexy bitch, damn girl


Yes i can see her

Cause every girl in here wanna be her

Oh she's a diva, feel the same and I wanna meet her

They say she Low down
It's just a rumor and i don't believe em'
They say she needs to slow down
The baddest thing around town

She's nothing like a girl you've ever seen before
Nothing you can compare to your neighborhood hoe
I'm trying to find the words to describe this girl
Without being disrespectful

The way that booty moving i can't take no more
I have to stop what i'm doing so i can put on my clothes
I'm trying to find the words to describe this girl
Without being disrespectful

Damn Girl You'se a sexy bitch, a sexy bitch, a sexy bitch
Damn Girl You'se a sexy bitch, damn girl
Damn Girl You'se a sexy bitch, a sexy bitch, a sexy bitch
Damn Girl You'se a sexy bitch, damn girl
Damn Girl You'se a sexy bitch, a sexy bitch, a sexy bitch
Damn Girl You'se a sexy bitch, damn girl
Damn Girl You'se a sexy bitch, a sexy bitch, a sexy bitch
Damn Girl You'se a sexy bitch, damn you'se a sexy bitch

Bolas, estou a ficar desconcentrado e esta canção encaixa quase na perfeição...

Allgarve Party

Hoje comprei a TimeOut Lisboa. Embora não faça todas as sugestões que indicam nas suas páginas, normalmente fazem sempre referência àquela ideia que tanto queríamos fazer mas que com as vicissitudes do dia-a-dia nos acabamos por esquecer.

 Durante Julho e Agosto ainda trazem um suplemento interessante - uma mini TimeOut Algarve. Muito curtido, mesmo sabendo que este ano não terei férias nestes meses, ainda que por opção própria.

 Abrindo este pequeno mas composto suplemento, dou logo de caras na contracapa, com um referência à Arrifana Sunset Fest, em Aljezur. Fico logo com pena, mas a menos que tenha companhia, não me apetece fazer todo esse caminho até lá abaixo.

 Mais à frente aparece o guia das 10 festas que não se podem perder. Aqui já posso ter uma palavra a dizer. sobretudo se forem ao fim-de-semana. Não seria a primeira, nem será a última vez que iria de propósito ao Algarve apenas para beber um copo, comer um aperitivo ou abanar o capacete e voltava no dia seguinte. Não custa quase nada. Assim, Manta Beach, Club Nau, Kadoc, Puro Beach, Noite Branca de Loulé, Duna Beach, ÁguaBeach Club, são tantas que não sei por onde escolher... Mas mais tarde ou mais cedo, vai com certeza aparecer uma ideia, um convite e lá a baixo irei dar uma saltada.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Disco Sudueste

Há dias soube que tinha havido uma beach party no Carvalhal. Pena que tenha descoberto apenas no dia seguinte. Podia ter ido umas horas mais cedo e dormido com o barulho das estrelas e/ou o brilho das ondas. Às vezes sinto falta deste pequenos momentos, como dormir ao relento na praia. Ai os tempos da faculdade... Agora toda a gente, da minha idade me chama "maluco" quando penso nestes pequenos prazeres da vida. Ainda estou nos trinta, tenho tempo para serenar...

Embora pouco tenha dado a conhecer, gosto bastante de musica electrónica que acabei por escorar dado sempre ter tido amigos muito elitistas, onde os prazer da vida pouco passavam de passar um dia sentados numa mesa de café a conversar e fumar um cigarro.Mas eu gosto mesmo é de curtir o momento, embora também preze muito uma tarde bem passada a descansar.

 Mas depois de ver uns vídeos, da party do Carvalhal, fiquei ainda mais com uma vontade louca de perder o amor ao dinheiro e ao sono e ir de propósito ao Sudoeste no último dia, um Domingo, só para ver o concerto do David Guetta. Apetece-me ir e ficar todo o dia a marinar na praia, para à noite espernear electronicamente e regressar com outra energia, daquela que nos agita ao longo de vários dias. Isto pode implicar um dia de férias no dia seguinte para na areia descansar os apoios antes de regressar... ou encontrar um(a) maluco(a) que queira fazer isto tudo de seguida e irmos directos para o trabalho...

 Vai ser um caso a analisar!!! Assim, como arranjar um(a) amigo(a) daqueles(as) que nos dizem quando há beach party's.

A fruta vermelha

Estávamos na adolescência, naquela fase em que muito se gosta de chocar contra a porta do roupeiro, quando um médico especialista em alergias, me deu uma noticia bombástica. Não, não era que tinha uma alergia incurável.... Se bem que não sei se ser benfiquista não o é!!!

 Mas voltando à noticia, o médico indicou-me que havia dois produtos que deveria evitar a todo o custo, sobre pena de ter uma reacção alérgica grave. Um deles era o marisco, coisa que não me assustou. Mas quando falou em morangos, o estômago ia tendo um ataque de asma. Se havia fruta que eu mais adorava até então, era essa sem qualquer dúvida. Aquilo caiu que nem uma bomba. Mas como com alergia até podia eu bem, continuei a enfarda-los, sempre com uma caixa de medicamentos de prevenção. Entretanto passaram vários anos, depois de várias overdoses vermelhas, eis que o consumo diminuiu em 10% à época e começou a surgir-me outro vicio também ele vermelho.

 Desde aquele célebre dia que descobri os supermercados Apolónia no Algarve que o meu consumo de frutas ganhou um vicio mais gourmet. Descobri que adoro framboesas, esse fruto tão característico do Reino Unido!!! Aí, mais uma vez se fez luz em relação aos meus sentimentos esporádicos de que estou no pais errado. Sério. Sou constantemente confundido, talvez pelas sardas. E, então no Algarve é demais. Em quase todos os cafés me atendem em inglês. Ao que gosto de responder em espanhol só para confundir!!! Até porque se responder em inglês sou logo desmascarado...

 Mas a framboesa além de boa é extremamente cara. Uma caixa de 125g custa, nos locais mais em conta, dois euros. E no El Corte Inglês, chega a atingir os quatro euros, embora a qualidade seja superior em mais do dobro.

 Hoje, como estava a curtir o dia, resolvi antes de jantar ir apanhar um pouco de ar mais puro ao Parque das Nações, observar o rio, o Montijo e para terminar dei uma saltada ao SuperCor. Caro para uns, em conta para quem aprecia fruta de qualidade e sabe os preços dos outros lados. Não interessa. Mas quando entrei deparei com uma caixa de framboesas grandes e apetitosas a olhar para mim. Custava três euros. Olhei para elas e pensei, que se lixe... hoje mereço. E lá as trouxe.

 Mas ficou mais uma vez provado que adoro aquilo. Desde que entrei no carro ali mesmo ao lado, até à minha garagem são aproximadamente sete minutos. Quando estacionei e olhei para o interior da embalagem, vi o fundo sem gota vermelha. Fiquei um pouco triste, mas satisfeito, pois foram sete minutos de puro prazer de fruta.

O dia seguinte...

Depois de um dia em que me apeteceu escalar uns arames, nada como o dia seguinte. E foi tão bom saber que o dia seguinte, não foi mais do mesmo. Esperava-o animado, afinal foi bastante curtido...


Podia ter começado melhor, mas um problema coloco-me logo a cem por cento empenhado na sua resolução. Não foi causado por mim, mas isso pouco me importa. Primeiro gosto de solucionar e só depois perceber o que foi feito de errado. Depois de três horas de puro prazer (na categoria de trabalho, claro), o problema foi totalmente ultrapassado. Até porque naquelas águas navego melhor que ninguém :P (vá lá, estou a ser humilde).

Depois foi uma tarde descansada, com os phones a bombarem David Guetta e a resolver coisas que iam aparecendo na lista. Pelo meio uma mensagem agradável, ainda que algo exagerada acerca desse meu desempenho. Soube muito bem, ainda por cima de quem foi...

 Para completar o dia, nada como uma salada de alface, mozarella e atum para terminar o dia em beleza, na varanda com vista para o rio e Alcochete...

Macaquices

Hoje sinto-me stressado, apesar de calmo. Normalmente se alguém me quer colocar a ferver, precisa de se esforçar um pouco. Isto apesar do calor excessivo que se faz sentir. Felizmente, não expludo, mas tenho sempre de ter cuidado pois quando stresso, apetece-me sempre ir comprar algo que me daria prazer e que conscientemente não iria comprar por achar que não dá o prazer suficente para o custo.

Mas hoje, tal como nos restantes últimos dias úteis, há alguém que teima em tirar-me do sério. Até já coloco os phones com David Guetta em altos berros apenas para não o ouvir a zumbir a meu lado. Não, não é o zumbido!!! Esse não tem remédio... :(

Chateia-me quando me querem tomar por macaco mecânico que não tem de avaliar, apenas fazer o que lhe mandam. Detesto isso, sobretudo quando estamos a falar sobre algo que praticamente domino.

Há largos momentos que não queremos outra coisa, mas há outros momentos de clarividência em que desejamos outra coisa. Cada vez há mais momentos destes...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Estupefacto

Não deixa de ser verdade que já tinha lido algures que excesso de pó e cheiro a chamon causa alucinações, mas daí a ter passado de propósito no supermercado para comprar massa folhada só porque me apetecia inventar qualquer coisa para a alheira e queijo de cabra que estavam no frigorífico a estragar, nunca pensei que fosse uma distância tão curta.

 E agora, depois de umas pinceladas, ganhei duas refeições de uma assentada. Quem diria que desta mente e mãos sairiam coisas tão saborosas ao paladar...

Estereótipos da Sociedade Moderna

Hoje quando me dirigi à copa, fui bombardeado por um conjunto de considerações menos famosas sobre o que foi viver o Super Bock Super Rock. Fui extremamente questionado sobre a necessidade de estar naquele local, saboreando pó como se de um condimento se tratasse. E porque me sujeitar a condições tão degradantes para a sociedade e estereótipos actuais.

Um colega perguntava como conseguia chegar todos os dias à tenda com o cabelo empastado de pó e deitar-me como se nada se passasse. Outro perguntava-me qual o prazer de gastar setenta euros para estar no meio de uma multidão suada e cheia de pó. Havia ainda os que me perguntavam se a musica valia o esforço de tomar banho ali, lavando a cara e dentes em lavatórios imundos. Houve ainda que me indicasse que aquilo são coisas para se fazer quando se tem 20 anos e se é inconsciente, pois aos 30 tem-se um estatuto a manter.

 A todos eles respondi com um simples quebrar da rotina. Detesto que a vida tenha de ser vivida em igualdade com a sociedade. Não quero, nem nunca quis sentir-me parte da rotina intelectual de tempos findos e vindoiro. Muitas vezes sinto a necessidade de quebrar regras. O Super Bock Super Rock permitiu-me fazer isso. Durante três dias pude-me sentir um cidadão do mundo, onde a sujidade não era inimiga das relações sociais, onde como tantos outros pode ser diferente entre iguais, onde a roupa suja não era sinónimo de exclusão social. E ainda pude passar dias inteiros na praia sem ter de me esforçar muito para lá chegar.

 Cada um é como "cada um", e eu gosto imenso desses fins-de-semana diferentes. Mesmo que segundo a sociedade intelectual os interprete como fins-de-semana exclusivos para juventude irrequieta. Tal como em Maio, quando fui de tenda às costas para as serras algarvias e alentejanos atrás do rally de Portugal, também agora desejo que a próxima edição chegue rapidamente, porque ainda muito pó posso aguentar.


 E só para ser chato, amanhã vou pegar na bicicleta e vou para o trabalho pela estrada ao nível dos tubos de escape...

Super Bock Super Rock 2010 - O espirito da coisa

Herdade Cabeço da Flauta. Um nome a reter. Já conhecia o local, onde no Verão os veraneantes aproveitam o solo rijo para estacionar seus carros debaixo de uma árvore e desfrutar de um belo repasto na pacatez do local.


Embora na imagem pareça um terreno relvado, depois do arraial montado, a relva como que timidamente se escondeu. Mas foi neste lugar, portas meias com Lisboa que este ano foi montado um hino à boa cerveja e som musical.

Chegado ao local, já de noite ao contrário do esperado, a primeira dificuldade foi carregar com toda a tralha desde o carro, no fim do parque até à porta de entrada. Parece que alguém se esqueceu que não era fim-de-semana de lua cheia, pelo que uns candeeiros junto ao caminho tinham dado um aspecto mais cuidado.

Subida então a rampa, meio ao tropeção, lá cheguei ao topo, onde uma larga e longa fila para troca de bilhetes por pulseiras, me aguardava. Carregado até aos dentes lá consegui obter uma fita e dirigi-me para o chamado acampamento.

 Lá dentro, tinha à esquerda um conjunto de contentores que serviam de porto de abrigo para necessidades mais prementes. E à direita 12 lavatórios desconjugados sem pingo de água. À frente... bem, à frente... era a descrição perfeita da histórica teoria do caos. Milhares de tendas estavam montadas, espalhadas sem qualquer sentido de orientação. Quem chegava, simplesmente abancava no primeiro espaço vazio e assim sucessivamente. Também eu, assim fiquei. O corredor ainda estava largo, então tratei de o estreitar. Dois segundos depois, a tenda estava montada e eu a caminho do espectáculo. Só por curiosidade, quando regressei a minha tenda já se encontrava na terceira linha mais afastada do carreiro.

 Findo o espectáculo, se o caos era aparente, pelos relatos do dia seguinte, apercebi-me da verdadeira realidade "caosónica". O acampamento não tinha iluminação, 90% das tendas eram Quechua 2''. Estava pronta a confusão. Segundo parece houve quem pisasse cabeças em busca do seu lugar, outros encontraram estranhos no seu lugar...A minha deixara de ser verde, mas ainda estava num castanho perceptível.

 No sábado, acordei cedo, somente porque o calor era tão intenso que devo ter perdido largas calorias naqueles momentos matutinos. A fila para os chuveiros era de tal forma intensa que preferi deixar os banhos para as maravilhosas ondas da praia do Meco. Sendo que apenas ao final da tarde me aventurei na fila de 45 minutos para tomar um duche de água gelada ao ar livre. Pode parecer assustador, mas foi extremamente rejuvenescente. Estava pronto para outra noite fantástica.

 Domingo, desta vez acordei mais tarde, apesar de estar mais calor e ter ficado com os poros todos dilatados, tal a necessidade de escorrer água. Mais um dia de praia, que terminou numa valente fila para chegar ao recinto. Milhares de pessoas desesperavam nos quilómetros que as separavam do recinto do espectáculo. Calmamente, como de costume, resolvi tentar todos os atalhos disponíveis, conheça ou não. E assim, consegui fazer Meco - Herdade nuns fantásticos 90 minutos, com direito a estacionamento mesmo junto da entrada. Como? Simples. Ora por atalhos, ora "choramingando" junto da organização para a necessidade de carregar com toda a tralha do acampamento para o carro e chegar cedo para no outro dia trabalhar.

 E assim, para muito pena minha ao não colocar a segunda de férias, tive de regressar e deixar aquele mundo surreal, mas absolutamente fantástico para trás. Foi mais uma aventura, sobretudo porque a GNR não deixava virar para Fernão Ferro, mas depois de uma curva inverti a marcha e já pode passar à vontade. Coisas à portuguesa, pois com certeza.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Super Bock Super Rock 2010 - Cartaz

Há 15 edições que andava para ir a um festival Super Bock Super Rock. Sobretudo por dois motivos: Não gostar de Sagres (acho que fiquei traumatizado pelo vapores nocturnos durante uns 20 anos) e gostar de Rock.

Se no primeiro caso, o sucesso seria garantido, no segundo nem por isso. Isto porque este ano a organização do festival ter decidido fazer um festival com a menor quantidade de bandas de rock possíveis. Acho que teria sido mais elegante mudar a designação para qualquer coisa como "Super Bock Quase Rock 2010". Mas, pronto!!!

Infelizmente o cartaz para mim foi mais curto que o esperado. Uns acidentes no início e trabalho em ambas as extremidades, tiraram-me a possibilidade de assistir a alguns momentos bem passados.

 Ainda assim, fiquei satisfeito com o concerto de Keane, o convencido vermelho que parecia ter acabado de sair de uma praia algarvia, tal o escaldão que trazia tatuado no corpo. Para fechar uma primeira noite já de si atribulada, nada como Pet Shop Boys. Estes provaram mais uma vez que velhos são os trapos e fizeram um dos concertos que mais gosto me deu assistir. De salientar ainda que nunca tinha montado uma tenda já escuro, no meio do caos e ao som de Cut Copy. Foram 2 segundos muito interessantes.

 Para o segundo dia, estava guardado um concerto muito esperado. Nem que fosse pelas palavras do meu colega do lado. Nunca tinha visto alguém tão apaixonado pela música dos Vampire. Aliás, antes de o conhecer nem nunca tinha sequer ouvido falar deles. Agora já conheço dois. Eu e ele... Muito bom, mesmo levantando muita poeira. Os restantes concertos do dia, também foram bons, mas este juntamente com Hot Chip, destacaram-se pela energia positiva.

 Para terminar, nada como desmontar a tenda ao som de The National, após uma verdadeira aventura desde a praia do Meco até à herdade do Cabeço da Flauta. Depois e ao contrário de muita gente, foi o momento de curtir aquele memorável dueto entre a Ana Moura e o Prince, que ficará gravado na memória de todos aqueles que ajudaram o eco a realizar-se. Para terminar, os Empire of the Sun, tiveram de ficar para as filas de trânsito porque o trabalho apenas umas seis horas depois aguardava-me.

 Muito se fala, muito se critica (eu também), mas foi estrondoso. Agora é aguardar pacientemente por 2011. Fiquei fã, como registarei nas próximas publicações...

Pensamentos do Dia

Esta secção é dedicada a 100% a uma fotografia cor de rosa de uma amiga minha no facebook. Bem hajam as mulheres...

1. A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela carrega ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside.
 
2. A beleza de uma mulher não está na expressão facial, mas a verdadeira beleza de uma mulher está reflectida em sua alma.
 
3. A beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Será doença?

Estou a pensar seriamente voltar a dedicar-me mais a este meu cantinho. É que cada vez estou mais preocupado com o meu pós laboral primário. Cada vez mais, dou comigo na cozinha a tentar inventar tentações e cada vez mais tenho a cozinha menos suja no fim.

 Acho isto realmente preocupante, sobretudo para quem cozinhar era fazer uma omeleta, umas febras ou abrir uma lata de atum. Agora até já trato por tu, uns sete tipos de arroz e respectivos acompanhamentos (eu sei, é ao contrário, mas não resulta tão bem).

 Até já faço um brownie de chocolate que já é considerado o melhor do pedaço. Só por isso já me sinto meio adoentado. Tentei tirar a febre e queimei-me, pelo que desisti. Tenho mesmo de fazer um check-up geral. Tenho receio que estes sintomas agravem com a idade. Até porque já dou comigo a fazer verdadeiras iguarias (ainda não precisei de receber tratamento hospitalar) até às tantas. É preocupante.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Prazeres escondidos

Há momentos em que não nos apetece fazer rigorosamente nada. Apenas queremos que tudo nos apareça já feito. Depois com o passar dos dias, o fast começa a deixar de ser um prazer para se tornar uma obsessão. Esse é o momento que temos de dizer basta. Manter seria errado e quem sabe, tornar-se num grave problema de saúde pública.

Mas mais assustador que um simples "basta" é sentirmos que a partir desse momento temos de agir. Temos de tomar as rédeas. E para isso temos de sentir prazer, caso contrário facilmente voltamos à vontade básica do obter tudo já feito. Apenas sentir prazer através de terceiros que podem não ter descarregado qualquer fonte de prazer no momento.

 Claro que nem sempre chega um basta, as vezes temos de saber que não podemos ignorar as mais básicas necessidades de um mundo capitalista, que a cada esquina está sempre pronto para nos ensinar que temos de ser nós a olhar por nós. Temos de ser capazes de dizer - "Vou fazê-lo e vou duplicar o prazer por isso." E assim, depois de uns longos dias em que o fast aos poucos foi perdendo protagonismo, descobri um elemento essencial que me faz sentir útil (a mim mesmo) e duplamente feliz. Esse elemento está a agora sempre presente na minha alimentação, acompanhando-me para todo o lado e estando disponível sempre que necessário. Esse instrumento dá pelo nome de WOK.

 Desde que a descobri a minha vida foi preenchida de um novo prazer. Agora já não preciso de fast's para nada. Basta misturar ingredientes soltos, ser criativo, ter uma fonte de calor e o prazer começa desde logo a ser apreciado. E o pior que tudo é que agora não consigo parar. Todos os dias sinto necessidade de fazer algo novo, algo diferente, algo irreverente.

 Acho que sem querer consegui despertar o cheff escondido em mim...

PS. Sim, é o salmão de um magnifico jantar.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Silêncio que se vai cantar o "fado"

Sempre que me falavam de Sidney, a primeira coisa que me vinha à cabeça era sem dúvida, o magistral edifício da Ópera. Um edifício quase dolorosamente brilhante à luz do sol, com uma cobertura assustadoramente inclinada. A sua frente, dezenas de ferries antiquados juntam-se a veleiros de todo o mundo completam-se como se de um jardim encantado e florido se tratasse. Todo este local é absolutamente preenchido por uma atmosfera alegre e intensa.

Não há com certeza ninguém que tenha passado por Sidney que não tenha despendido alguns mesmo que insignificantes minutos para observar tal esplendor. Mas provavelmente poucos imaginam que já houveram muitos dias, nos anos 50 que aquele lugar estrategicamente colocado à beira-mar, foi um simples garagem de carros eléctricos municipais. Um daqueles locais que quase todos sabemos que existem, mas que ninguém quer conhecer.

Até que um dia Sir Eugene Goossens, director da Orquestra Sinfónica de Sidney, resolver encetar diligências para a criação de uma sala de espectáculos na cidade que era órfão desse tipo de coisas. Após a fácil escolha de local, foi aberto um concurso internacional para escolha de um projecto que assentasse perfeitamente naquele moribundo lugar. Após alguma longa e complexa discussão e com a ajuda de um arquitecto americano, eis que se decide repescar a ousada ideia de um arquitecto dinamarquês, se seu nome, Jorn Utzon.

 Era um projecto sem igual, sobretudo numa década em que até se tornava algo embaraçoso. Nunca nada tão ousadamente inclinado jamais havia sido construído e muitos duvidavam que pudesse ser. Felizmente, quando ainda muito decidiam se iniciar ou não as obras, alguém se adiantou e começou a construção. Se assim, não tem ocorrido, hoje o ponto magistral de Sidney seria sem qualquer dúvida a magnifica Harbour Bridge (para mim coloca a ópera a um canto).

 E assim, cerca de década e meia após o inicio das obras e um orçamento 14 vezes superior ao planeado, eis que foi inaugurado uma das mais aclamadas maravilhas do Mundo.

Pufffffffffffffffffffffffff....

Final de dia, depois de um susto anterior, nada como apanhar a auto-estrada e procurar um local para ficar. Preferencialmente alojamento barato e à beira-mar. Um parque de campismo, um albergue ou um simples cama. Qualquer coisa serve para aliviar o cansaço de um dia bem passado.

Mas às vezes até nos locais mais calmos e mais inocentes a surpresa se esconde à espreita. E quando menos se espera, nada como um pufff e um guinão para a direita para anunciar um pneu que se foi. Valeu a velocidade não ser muito alta ( < 141 km/h) para conseguir parar em segurança.

Foi um susto, mas como já estava vacinado, nada que 30 minutos e algum esforço no meio da escuridão não solucionasse... Afinal, ficam sempre como histórias para contar.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Há mar e mar...

Ui!!! Que água tão apetitosa.

Ontem depois de uma exposição prolongada à sombra, decidi ir molhar os pés. Molhados os pés e face à temperatura da água decidi que não deveria molhar apenas os pés e resolvi molhar-me todo. Soube bem entrar. A temperatura estava no ponto. O problema foi sair...

Quem disse que o que mais perigoso que anda no mar são tubarões ou crocodilos? Esses podem ser assustadores, mas nada mais assustador que a força da água. Ontem, senti-me verdadeiramente aflito. Por duas vezes tentei regressar na crista da onda, mas mal punha os pés no chão, era novamente atraído por forças ocultas lá para dentro. Após alguma luta, felizmente o mar senti-o que não queria mais poluição e esse mesmo poder oculto teve a feliz ideia de me expulsar para a areia molhada. E todo enrolado em areia e espuma, depois de algumas cambalhotas e joelhos esfolados, cheguei são e salvo a terra firme...

 Acho que por uns dias, vou dedicar-me mais às caminhadas...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Retorno? Ou talvez... não!!!

Olha, um blog!!!

Bolas, já me tinha esquecido que tinha um blog. Estas últimas semanas tem sido uma verdadeira aventura que às vezes esqueço-me de certas coisas simples que nos rodeiam.

Têm sido dias seguindo trilhos, desde o sul hasta el norte. Há toda uma costa que merece ser visitada, vista e revista. Lugares lindos e imaginários aguardam por ser descobertos. A mochila pode pesar, mas cada canto, cada lugar vale cada quilo seja carregado ou caloria desperdiçada...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Dever Cívico

Há dias o Presidente veio fazer um apelo a todos os portugueses que ajudassem a controlar as finanças portuguesas. E eu, que tinha férias planeadas para o Alentejo e Algarve, decidi interpretar melhor as palavras do nosso presidente.

 Após analisar o seu pedido, constatei que por outras palavras o mesmo pediu primeiro que os portugueses gastarem mais dinheiro que o normal. Afinal, o custo das coisas lá fora normalmente é mais baixo que cá. Mesmo que na hora de desembolsar seja superior, normalmente o retorno também é superior, nem que seja traduzido num simples sorriso de agradecimento no momento da entrega do produto e/ou do pagamento.

 Depois o nosso Presidente pede-nos para irmos de férias para locais (cá dentro) onde o estrangeiro sempre foi tratado com primazia, muitos locais onde a língua portuguesa foi inclusive banida de menus de porta. Aqueles locais que agora, perante a ausência de estrangeiros tentam atrair aqueles que menos lhes convém, aqueles que contam todos os trocos do troco e pouca ou nenhuma gorjeta deixam. Não me parece senhor Presidente.

 E ainda nos tenta fazer passar a mensagem que é preciso gastar cá dentro para o bem da economia. Afinal assim o governo recebe mais, sob o formato de impostos para mais fetiches ou viagens desde Paris poder satisfazer aos membros do governo.

 Assim, depois de analisar as palavras do nosso Presidente, fiquei sem certezas do que fazer. Agora ando indeciso e com catálogos de férias nas portas do carro para quando parar naqueles sinais chatos tentar deixar-me tentar por maravilhosas tentações. Tentações essas que depois de escolhidas, serão alvo de uma análise criteriosa na Internet, para por aí marcar. Afinal para roubar, basta o governo, não precisamos também das agências de viagem.

Agora tenho de decidir. Mantenho os dias no Alentejo e Algarve assim como a passagem de ano em Londres ou troca esse dias por duas semanas no Mediterrâneo ou em Nova Iorque. Esta última vai à frente com larga vantagem, apenas estou indeciso porque isso pode invalidar financeiramente a passagem de ano em Londres. A ver vamos, mas graças ao nosso Presidente, agora sim, acredito seriamente que irei tomar a escolha certa e deixar o Algarve mais livre para os fantasmas ingleses.

 Obrigado, Senhor Presidente, pelos seus sempre bons conselhos!!!!

Cenas dos próximos capítulos de seguiram...

A Recompensa

Hoje acordei tarde e no sofá. Fruto de uma noite de marchas que depois de ao vivo ter detestado, no sofá me deitei para ainda ver o final. Mas como o sono às vezes comanda a vida, quando dei por mim, já os décimos sétimos raios de sol entravam pela janela.

Ainda a endireitar as costas pensava se uma partida de Fifa 10 seria algum a tentar. Após pensar uns breves momentos, decidi não o fazer até porque no LCD já Argélia e a Eslovénia davam um mau espectáculo de futebol. Hoje era dia de limpezas e elas teria de ser feito, pois o conceito pocilga humana estava a começar a ganhar contornos.

Assim, após uma posta de salmão, hora de meter a mão na vassoura, na esfregona e no cano do aspirador para colocar tudo a brilhar quase como novo. Começando às 14:30, só já com o relógio a dar as 18 badaladas digitais um banho refrescante tomava. Para trás tinham ficado vários trabalhos duros, sobretudo o de limpar 16 metros quadrados de varandas sujas pelos vasos dos tomates, dos morangos, das saladas ou das flores primaverais. Pelo meio, apenas um ponto de descontracção. Dois vizinhos da esguelha, ao longe sentados em duas espreguiçadeira bronzeavam, enquanto bebiam um qualquer cocktail de fruta e olhavam... Ao que respondi com um copo amarelo, para onde cortei umas rodelas de lima, acompanhadas de uns cubos de gelo, 7Up e Vodka Preta. Uma mistura gelada num copo suado, que passada pelo monte de gordurinhas abaixo do peito dava uma sensação de anúncio falhado. Mas sabia bem que se fartava.

De banho fresco tomado, foi hora de apanhar algum ar. E a decisão, apesar da hora não podia ser outra. A solução estava em São João do Estoril. Duas bolas, três sabores me esperavam. Nada como um recompensa do Santini para uma dolorosa tarde de trabalhos... Há momentos que não se conseguem traduzir, apenas saborear.

Santo Antoninho

E lá se passou mais um Santo Antoninho de Lisboa. Este ano mais pequenino, porque embora em véspera de feriado, só o foi para uma minoria, aqueles que trabalham em serviços que normalmente funcionam ao Domingo. Assim, acho que se perdeu um boa oportunidade para mais uma semana curta.

Este ano, ao contrário dos anteriores, o carro ficou sossegadinho estacionado em plena Avenida de Roma e a partida deu-se na estação de Metro de Alvalade. Chegados ao Marquês, foi horas de dar corda aos All Star's, pois as marchas deveriam ser, aparentemente, avenida abaixo, onde milhares de pessoas já vibravam aos soluções com as marchas populares.

 Mas o conceito de marchas populares afinal deixam muito a desejar. Segundo parece o povo, apesar do dizer popular, não tem direito a ver a melhor parte. Afinal, as marchas não dançam e cantam avenida abaixo. Limitam-se a actuar em frente de algumas bancadas e sobretudo na zona onde os VIP's e a televisão está em peso. No restante tempo, limitam-se a andar em silêncio com as tralhas às costas, para aos "ricos" agradar. Assim, esperei apenas por seis bairros que queria ver e num rápido, ao contrário do costume ao Bairro Alto me dirigi. É que por norma, todos os anos que às festas fui, o bairro de eleição sempre foi Alfama.

E mais uma vez ao contrário da tradição não bebi muita cerveja, não comi a bifana, nem comprei o manjerico. Preferi a ginjinha, o bolo que tinha em casa e o manjerico que tinha comprado há semanas num mercado por 0,50€ e que na varanda está plantado. E, ainda nem eram duas (costumo sair já com raios solares) e já estava a caminho de casa, primeiro de metro e depois de carro. Afinal, estava cansado. Tinha tido um tarde muito mais interessante e emotiva!

Ir às Caldas

No sábado decidi ir a um local onde já não ia há muito, ou seja, às Caldas da Rainha. Um cidade bonita aqui tão perto, mas tão esquecida. Culpa, quem sabe da Brisa. Sim, da Brisa, porque sou alérgico às portagens injustas. Mas isso é uma história já falada anteriormente.

Assim sai cedo de casa, pouco passava das 12h. Decidi ir por um caminho que sempre gostei de passar e que ainda por cima é quase de borla. Assim, apanhei a A1 até ao Carregado, troço que auto-estrada que é muito útil e de baixo custo, em relação aos valores anunciados para as novas ex-SCUT's. Depois em direcção à vila presépio, ou seja, Alenquer. Seguindo-se a Ota e o Cercal. Mais uns quilómetros, o meu conhecido Painho, mesmo no limite do distrito de Lisboa. E voilá, cerca de uma hora depois estava a passar o Intermerché, o início da cidade.

O almoço foi digerido muito para além da hora, no local mais óbvio para a hora, ou seja, o centro comercial do centro da cidade. Nada como um bife à Portugália, regado de molho, brindado por um ecrã gigante e mais alguns minutos de mundial.

Depois, um passeio a pé pela cidade, pelas ruas sem trânsito e posteriormente pelo parque da cidade para queimar todas as calorias daquele molho de cerveja suculento. Um parque da cidade assim fazia falta em Lisboa, mas à dimensão da cidade. Falta a Lisboa um Hyde Park. Um parque muito bem tratado, limpo e com um lago. Por todo o lado se via gente, coisa que falta a muitos da capital. A sensação de segurança é boa, mesmo nas traseiras onde o jardim dá lugar à floresta a lembrar um já conhecido bosque de Bolonha (Paris) e/ou um parque central como em Oslo. Gostei e vou voltar no Verão para apreciar aquele fresco num calor sem igual. Quando lá voltar com menos pressa, também irei ter o cuidado de ver as exposições patentes no parque da cidade, entre elas a da vida e obra de José Malhoa (não é o cantor).

 Depois, foi tempo de ir à loja de Fotografia que lá me levou, onde num estilo informal fui muito bem atendido e de lá saí com um controlo remoto e com vontade de voltar, nem que seja quando o meu material chegar.

O resto, foi um misto de estradas erradas e belos lugares, que apenas a ausência de GPS, por opção, me proporcionou. Sei que passei pelo Bombarral e Cadaval, por Vila Verde de Francos e Alenquer. Mas com apenas mais meia hora e agradáveis lugares, cá cheguei de forma a descansar um pouco antes de ir para a badalada noite de Santo António.

Problemas Técnicos

Cada vez mais acho que o metro não deveria ser pago à viagem, mas ao tempo que a composição está a andar. Isso sim, tornaria o preço do metro justo face ao serviço prestado. É que a uma sexta-feira ao final da tarde, quando se viaja em direcção ao fim-de-semana, levar cerca de 60 minutos a fazer um percurso de 7 minutos, até assusta os mais calmos. E tudo por culpa dos cada vez mais frequentes problemas técnicos a que o metropolitano é sempre alheio.

 Devem ser os mesmo problemas técnicos que há mais de três meses tem o elevador da estação da Ameixoeira, sentido dentro da cidade para fora parado. Ainda há dias vi quatro pessoas carregarem um braços um pobre cidadão em cadeira de rodas, que paga os impostos e o passe, mas que sem elevador fica impotente para sozinho subir 32 degraus de escada e vários metros de escada rolante. É à portuguesa, afinal o dinheiro do passe já lá está, para quê chatearem-se?