sexta-feira, 9 de julho de 2010

Prazeres escondidos

Há momentos em que não nos apetece fazer rigorosamente nada. Apenas queremos que tudo nos apareça já feito. Depois com o passar dos dias, o fast começa a deixar de ser um prazer para se tornar uma obsessão. Esse é o momento que temos de dizer basta. Manter seria errado e quem sabe, tornar-se num grave problema de saúde pública.

Mas mais assustador que um simples "basta" é sentirmos que a partir desse momento temos de agir. Temos de tomar as rédeas. E para isso temos de sentir prazer, caso contrário facilmente voltamos à vontade básica do obter tudo já feito. Apenas sentir prazer através de terceiros que podem não ter descarregado qualquer fonte de prazer no momento.

 Claro que nem sempre chega um basta, as vezes temos de saber que não podemos ignorar as mais básicas necessidades de um mundo capitalista, que a cada esquina está sempre pronto para nos ensinar que temos de ser nós a olhar por nós. Temos de ser capazes de dizer - "Vou fazê-lo e vou duplicar o prazer por isso." E assim, depois de uns longos dias em que o fast aos poucos foi perdendo protagonismo, descobri um elemento essencial que me faz sentir útil (a mim mesmo) e duplamente feliz. Esse elemento está a agora sempre presente na minha alimentação, acompanhando-me para todo o lado e estando disponível sempre que necessário. Esse instrumento dá pelo nome de WOK.

 Desde que a descobri a minha vida foi preenchida de um novo prazer. Agora já não preciso de fast's para nada. Basta misturar ingredientes soltos, ser criativo, ter uma fonte de calor e o prazer começa desde logo a ser apreciado. E o pior que tudo é que agora não consigo parar. Todos os dias sinto necessidade de fazer algo novo, algo diferente, algo irreverente.

 Acho que sem querer consegui despertar o cheff escondido em mim...

PS. Sim, é o salmão de um magnifico jantar.

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