domingo, 14 de fevereiro de 2010

Protestar! E inovar?

As últimas semanas tem sido férteis em protestos nas ruas de Lisboa. Foram os enfermeiros, os carroceis e depois a função pública, só para apontar os que tiveram mais impacto na opinião pública.

Protestar até que é um direito, mas será um direito que se sobrepõe aos direitos da restante sociedade? Não sou contra quem lute pelos seus direitos, por isso decidi que este ano também vou protestar, mas mais silenciosamente e sem prejudicar terceiros. Assim, enquanto me lembrar do tempo que fiquei retido na Radial de Benfica, não vou voltar a gastar dinheiro em carroceis em Portugal. E nem preciso pedir autorização ao Governo Civil. É um direito que me assiste.

Mas voltando às razões deste tópico... Ele aparece porque ainda não percebi porque as pessoas teimam em protestar em Lisboa. Será que ainda nenhum intelectual sindicalista percebeu que já ninguém liga a protestos nas ruas da capital?

Será que ainda não perceberam que Lisboa está farta do excesso de trânsito e confusão na cidade e já não olha com olhos de ver para os manifestantes? E que o governo já está tão habituado a vê-los ali que já não é novidade nenhuma. Inovar, é preciso. Mesmo que custe num pais onde a inovação ainda é vista como um bicho gastador sem grande utilidade.

Lisboa, é enorme comparada com as restantes cidades, tem mais gente que qualquer outra cidade, logo o impacto de uma manifestação em Lisboa, mesmo que atinja 100.000 pessoas, é diminuto afectando e prejudicando apenas uma zona da capital, concedendo apenas alguns breves minutos de telejornal.

Agora imaginemos que esse protesto fosse marcado para um dia de semana na baixa de Coimbra. Seria praticamente como metade da população da cidade se juntasse na baixa. Isso sim paralisaria a cidade e, teria um grande impacto tanto na cidade como na opinião pública. Teriam uma muito maior visibilidade tanto televisiva como governamental. E quem diz Coimbra, diz outras pequenas grandes cidades como Braga, Aveiro, Faro, Portimão, ...

Inovação precisasse, até porque estamos fartos de protestos que não passam mensagem e apenas prejudicam terceiros que nenhuma culpa tem das razões do protesto.

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