segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma praia que já teve maçãs

Toda a gente a conhece por Praia das Maçãs. Em tempo idos, foi um dos locais de culto da aristocracia portuguesa e das figuras cor de rosa. Anos de ouro e riqueza para suas gentes. Hoje, ainda muito procurada no Verão, tem fora deste, na minha opinião, os seus momentos altos. Falo, pois então, da Praia da Maçã.

 Tal como o nome e um pequena estátua entretanto colocada, um nome relacionado com um fruto tão abundante neste nosso Portugal. Mas por muito que assim se chame e tive o cuidado de passar com olhos de ver por uma banca de fruta, hoje em dia pouco ou nada de vê dos frutos que lhe deu o nome. Nesta mercearia, junto da estrada, onde os produtos são vendidos a preços mais elevados (pudera, tem como extra alcatrão e fumos de escape), abundavam as bananas, os morangos, pêssegos, cerejas e poucas ou quase nenhumas maçãs.

 Mas o nome desta praia não advém de um gosto louco por maçãs. O nome deve-se ao facto de o rio que ali vai desaguar ter corrido, em tempos, entre pomares de macieiras, pelo que a fruta, quando estava madura, caía na água e ia dar à praia. Já estou mesmo a ver a Maria. Oh, Manel, esqueci-me das maçãs em casa. Na te preocupes, deixa a maré começar a vazar que ela vem cá desaguar.

Hoje não havia muito gente na praia e quase ninguém na água. Talvez as pessoas estivessem um pouco assustados com a descida de 10 graus na temperatura do ar. Não que estivesse frio, apenas uma questão psicológica. Ainda assim, percorri as estreitas ruas da aldeia em busca de bons momentos fotográficos. Aqui ou ali, bons apontamentos de reportagem. O paredão com vista para a praia, com bancos individuais laterais
 fazem as delicias de quem por ali passa. Para quem vai só, são locais indicados para uma fotografia mais rigorosa, para quem vai acompanhado, uma boa desculpa para ao colo sentar. A Praia das Maçãs, é isto, não só uma porção de areia e mar, onde antigamente boiavam frutos terrestres, mas um aglomerado sempre disponível para agradar.

Entretanto, descobri que quase em frente ao mercado, do lado direito, para quem parte, existe um pequeno lugar, sob um letreiro preto pintado no branco que indica Pão Quente, que nem só de mação vive a Praia das Maçãs. Um sempre quente e apetitoso pão com chouriço sabe sempre bem. E enquanto passava pela praia, deliciando todos os sentidos com aquele delicioso manjar do padeiro, descobri afinal qual a razão de tão pouca gente se aventurar, no mar. Afinal, nem a metereologia nem a psicologia eram verdadeiramente culpadas. Simplesmente, a bandeira vermelha estava hasteada...

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